A procura turística dos residentes em Portugal recuperou no verão, depois da quebra registada na primeira metade de 2024. Entre julho e setembro, os residentes realizaram 8,2 milhões de viagens, o que representa uma subida de 2,6%, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.
O mercado interno voltou a viajar mais dentro de portas, totalizando 6,9 milhões de viagens (+1,4%), ou seja, um peso de 84,2% das deslocações feitas. A retoma da procura coloca, desta forma, travão às quedas que se registaram nos dois primeiros trimestres do ano.
Também deslocações ao estrangeiro seguiram a mesma tendência após o recuo de 1,5% entre abril e junho – o primeiro em três anos. A época alta voltou a dar fôlego à procura turística dos residentes que, contas feitas, somaram 1,3 milhões de deslocações para fora de Portugal (+9,8%), ou seja, uma fatia de 15,8% do total.
O gabinete de estatística adianta que o principal motivo que levou os residentes a fazer as malas durante os meses de verão foi o “lazer, recreio ou férias”, estando na origem de cerca de 5,6 milhões de viagens.
Em segundo lugar, destaca-se a “visita a familiares ou amigos” ( +4,3%), que motivou 2,1 milhões de viagens.
Considerando o normal período de pausa laboral destes meses, as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” caíram 18,3%, totalizando 257,6 mil deslocações.
Na hora de escolher o local para pernoitar, o alojamento particular gratuito foi a principal opção de quem viajou, tendo absorvido 24,8 milhões de dormidas (53,6%). Os “hotéis e similares” concentraram 11,6 milhões de dormidas (25,2% do total).
Já duração média das viagens foi mais curta face ao mesmo período período de 2023. No terceiro trimestre de 2024 cada deslocação teve uma duração média de 5,62 noites, (5,90 noites entre julho e setembro de 2023).
O INE refere ainda que 39,9% dos residentes fizeram pelo menos uma deslocação turística no período em análise ( -0,9 p.p).
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
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