O Chega, presidido pelo deputado André Ventura, entregou um pedido protestativo ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, para que seja marcada uma interpelação ao Governo. O objetivo é que sejam dadas explicações sobre os “sucessivos casos de incompatibilidades e conflitos de interesses”.
O pedido do partido deu entrada, no Parlamento, na segunda-feira. O Chega quer fazer uma interpelação ao Governo “sobre os sucessivos casos de alegadas incompatibilidades e conflitos de interesses que envolvem vários ministros do Executivo”.
O Chega pretende que a interpelação seja marcada na conferência de líderes de quarta-feira, como debate urgente. E enviou o pedido ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
No documento, onde enumera casos como os da ministra da Coesão, Ana Abrunhosa,
do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos; e do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o partido de André Ventura “entende que o Governo deve prestar esclarecimentos sobre o crónico sentimento de impunidade que o poder socialista faz sentir no país, demonstrando uma enorme sobranceria”.
“Face a dados e posicionamentos públicos já tomados, importa verificar-se um cabal esclarecimento sobre as sucessivas situações que suscitam dúvidas, bem como perceber de que forma são corrigidas e que ministros são demitidos”, sustenta o Chega, no requerimento.
O partido de André Ventura lembra, por exemplo, a solidariedade entre a ministra Ana Abrunhosa para com Pedro Nuno Santos e o facto de o parecer do Conselho Consultivo do Ministério Público ter sido votado favoravelmente por Catarina Sarmento e Castro, atual ministra da Justiça.
No requerimento, o Chega recorda ainda “os vários casos de familiares de ministros que tinham negócios com o Estado” e que foram conhecidos em 2019, como o do filho do secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves; o do pai do ministro Pedro Nuno Santos; e do marido da ex-ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.
Fonte: Jornal de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Manuel de Almeida / LUSA