André Ventura anunciou esta segunda-feira que o Chega votará contra um Orçamento da Aliança Democrática caso a coligação se mantenha intransigente em negociar com o Chega.
“Se não houver nenhuma negociação isso é humilhar o Chega e votarei contra”, assegurou, em entrevista à TVI.
O líder do Chega referia-se tanto a um eventual Orçamento Retificativo para este ano como a um Orçamento de Estado para 2025, tendo rejeitado a ideia de apresentar uma moção de rejeição: “Não. É mais a questão orçamental.”
Ventura disse que um eventual Orçamento Retificativo “será um teste” ao apoio parlamentar que suportará o futuro Governo e reafirmou que votará contra caso não haja negociação: “Isto é espezinhar um milhão e tal de eleitores. Qual é o ego, a obsessão, a soberba, o problema de se chegar a uma convergência como em Itália?”
O líder do Chega diz estar “disposto a fazer cedência”, dando o exemplo de abandonar a proposta da prisão perpétua para garantir o subsídio de risco das forças de segurança.
“Eu já fiz tudo o que era possível para explicar ao PSD e dizer que nos ajudem a criar um Governo estável. Mais, só se me humilhar”, acrescentou.
Sobre a política internacional, Ventura clarificou que o posicionamento do Chega é contra a guerra na Ucrânia e Vladimir Putin.
“Putin é um criminoso e um terrorista e devemos fazer tudo para apoiar a Ucrânia”, vincou, apesar de alguns líderes da extrema-direita europeia, como o italiano Matteo Salvini, terem manifestado proximidade com o presidente russo.
“Salvini acolheu mais migrantes da Ucrânia do que muitos países apoiados pela Esquerda e extrema-esquerda”, ressalvou Ventura, que garantiu que o Chega vai “apoiar a Ucrânia em tudo o que puder”.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
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