Fechado o apuramento de votos na Europa (que pode consultar aqui), onde votaram mais de 220 mil portugueses, o Chega e o PS elegeram um deputado cada um, com ligeira vantagem para o partido de André Ventura: 18,7% face aos socialistas com 16,2%.
A AD ficou abaixo da linha de água, com 13,9% apenas. A vitória de Ventura, como verá, explica-se apenas pela votação na Suíça, onde conseguiu uma vantagem suficiente para suplantar o PS e quase até a AD. Vejamos as votações por países europeus, um a um.
Em França, ganhou o PS, com 18,59% dos votos, um pouco acima da AD (16,75%). O partido de André Ventura ficou com 12,63%.
No Reino Unido foi igual: PS na frente com 15,22%, mil votos acima da AD (12,42%) e também bastante à frente do Chega (10,39%).
Na Alemanha, outra vez vitória dos socialistas, por 400 votos (20%) à AD. O Chega ficou apenas com 13%.
Na Bélgica, onde votaram apenas 5.381 portugueses, a vantagem do PS foi ainda mais curta: 31 votos de vantagem sobre o Chega, mas com a AD colada em terceiro.
Em Espanha, ganhou a AD, com 24,6% dos votos — e o Chega foi apenas terceiro, com 9,38%.
O Chega venceu, porém, no Luxemburgo, com 19,61% dos votos, totalizando 2.676, acima da AD (14,27%) e do PS (12,97%). Foram mais de 13 mil votantes.
E, mais decisivo, o partido de Ventura venceu largamente na Suíça, onde votaram um recorde de 49 mil portugueses: teve aí 32,62% dos votos — 16.226, mais precisamente.
A AD, que ficou em segundo lugar, ficou muito atrás, com apenas 13,1%, já a quase dez mil votos de distância — o que é quase o dobro da vantagem que o Chega conseguiu sobre o PS no círculo da Europa.
Nos restantes países da Europa, a AD venceu com 19,29% dos votos (2723 votos) e o PS ficou em segundo com 16,08% (2270 votos). Nestes países, o Chega alcançou 11,62% (1640 votos) e a IL 9,10% (1284 votos).
Fora da Europa
A AD ganhou nos EUA, contando 20,1% dos votos, seguindo-se o Chega (11,2%) e o PS colado (10,9%).
No Canadá também venceu a AD, com 19,6% dos votos, seguindo-se aqui o PS (14,4%) e o Chega (11,1%). A dimensão da vitória da AD aumenta nos restantes países da América, com 34,4%, seguida do PS (13,1%) e do Chega (6,2%).
E o mesmo aconteceu nos países africanos, com a AD a alcançar 31,1% dos votos e o PS alcançou 23%. O Chega fica em terceiro com 18,5%.
Na China, a vitória da AD foi ainda maior (37,4%) e os lugares seguintes repetem-se, mas com votações mais baixas: PS em segundo com 12,1% e o Chega em terceiro com 5,3%.
Nos restantes países da Ásia e Oceânia, a sequência volta a repetir-se: AD em primeiro (31,5%), PS em segundo (13,3%) e Chega em terceiro (8%).
No Brasil – o último país a fechar – venceu o Chega (24,6%), seguido da AD (20,4%) e com o PS em terceiro (15,3%). Acabou por ser, assim, este país a dar a eleição do deputado a André Ventura.
A distância entre o Chega e o PS no círculo Fora da Europa chegou a estar em apenas 400 votos, mas a diferença acabou quase nos 4 mil votos, devido à vantagem do Chega no Brasil, onde teve mais 5 mil votos do que o PS.
Fonte: Jornal Expresso / Portugal
Crédito da imagem: Matilde Fieschi