Nem só de medalhas se fez o dia dos atletas portugueses nos Jogos Olímpicos. E a prestação – ainda que fora do pódio – foi positiva.
Logo pela manhã, os velejadores Carolina João e Diogo Costa garantiram mais um diploma olímpico para Portugal (oito, ao todo, a que se somam duas medalhas), ao serem segundos classificados na medal race da classe 470.
Contudo, a dupla não foi além do quinto lugar com que tinha entrado para a prova decisiva. Com isto, não conseguiram igualar as melhores prestações nacionais na vela (o bronze de Hugo Rocha e Nuno Barreto em Atlanta 1996, na classe 470, e a prata de Mário e José Quina, em Roma 1960, na categoria de star).
No final da prova, ambos os atletas estavam visivelmente satisfeitos e disseram já estar de olho nos próximos Jogos (Los Angeles 2028). O quinto lugar foi “espetacular”, disse Diogo Costa citado pela Lusa, que relembrou que a vela “é muito medalhado”, mas que esses resultados aconteceram há muito tempo.
Já Carolina João assumiu estar “muito contente” com o trabalho que se tem desenvolvido na vela. “A ideia agora é continuarmos para Los Angeles. É um projeto que temos vindo a desenvolver e que tem corrido bastante bem. Estamos entusiasmados com a campanha para os próximos Jogos”, rematou.
Antes, foi a vez de Angélica André entrar em prova, às 7.30 horas (hora de Lisboa, mais uma em Paris), nos 10 quilómetros de natação em águas abertas. E, no final das mais de duas horas de prova, o objetivo (fazer melhor do que em Tóquio 2020), estava cumprido, sendo 12.ª classificada nesta edição.
Nadando no Sena – e já depois de vários atletas terem tido problemas gastrointestinais devido à poluição do rio -, a atleta do FC Porto assumiu que quis estar “o mais tranquila possível” quanto a essa questão e que fez “uma prova em crescendo”, com nadadoras “que têm grande possibilidade de ser medalha”.
“Sabia que estava numa boa posição e queria chegar ao fim e dar tudo por tudo para alcançar este lugar”, concluiu.
Mais positivo foi o desfecho do lançamento do peso para Jéssica Inchude, que conseguiu apurar-se para a final e tem na mira um lugar entre as oito melhores lançadoras. Menos sorte teve Eliana Bandeira, que ficou na 15.ª posição, apesar de, garantiu, “ter dado o melhor” perante adversárias que “foram superiores”.
Ainda no atletismo, Salomé Afonso não se conseguiu qualificar para a final dos 1500 metros, tendo sido 12.ª classificada na meia-final. No entanto, o seu recorde pessoal foi batido, com um tempo abaixo dos quatro minutos. No final, a corredora (atualmente sem clube) assumiu estar “sem palavras” pela marca pessoal.
“Nunca tive a oportunidade de fazer uma prova a este nível. Penso que a prova mais rápida que tinha feito ganhou-se com 4.04 minutos. Queria pelo menos 4.01, já sairia feliz, mas 3.59 minutos nunca imaginei. Estou super orgulhosa”, confessou.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Nicolas Tucat / AFP