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Último dia de buscas por peças do helicóptero. “Vai ser muito difícil apanhar aquilo de que andamos à procura”

Mergulhadores regressaram esta segunda-feira ao rio Douro, em Lamego, para o último dia de buscas por peças do helicóptero que caiu na sexta-feira, causando a morte de cinco militares da GNR, disse o comandante da Polícia Marítima do Norte.

“Neste momento já estamos na água, estamos já a efetuar buscas e será o último dia dos nossos trabalhos”, afirmou à agência Lusa Rui Silva Lampreia, que adiantou que os trabalhos no rio Douro, na área onde o helicóptero caiu, terminarão às 13:00.

Na água estão esta segunda-feira duas embarcações e 11 operacionais da Polícia Marítima, entre os quais sete mergulhadores.

“Da nossa parte, hoje damos como concluídos os trabalhos”, referiu o responsável que comandou as operações de socorro e busca que foram desencadeadas após o alerta para a queda da aeronave na sexta-feira e que fazia parte do dispositivo de combate a incêndios da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Enquanto decorrem os trabalhos, a navegabilidade no rio mantém-se condicionada, ou seja só pode passar uma embarcação de cada vez, tem de o fazer a baixa velocidade e tem de ser acompanhada pela Polícia Marítima, com o apoio da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL).

A bordo, aquando do acidente que aconteceu na zona de Samodães, concelho de Lamego (Viseu), seguiam cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC) e o piloto, o único sobrevivente.

Na sexta-feira foram recuperados os corpos de quatro militares e, no sábado à tarde, a quinta vítima mortal.

No domingo e esta segunda-feira, os mergulhares da Polícia Marítima regressaram ao rio para tentarem recuperar peças da aeronave como o rotor da cauda do aparelho e o computador de bordo.

Segundo Silva Lampreia, durante os trabalhos realizados no domingo foram recuperadas partes da fuselagem do helicóptero e pequenas peças.

“Vai ser muito difícil apanhar aquilo que nós andamos à procura, porque poderá ter ficado tudo destruído e, portanto, a dispersão desse material implicaria buscas durante muito tempo. Não havendo uma necessidade fundamental para tentar despistar as causas do acidente para já, da nossa parte, em termos de polícia, damos hoje como terminadas as buscas”, referiu o comandante.

No sábado, o organismo responsável pela investigação à queda do helicóptero de combate a incêndios no rio Douro, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), disse já ter ouvido o piloto e testemunhas e concluído “o essencial da fase de trabalhos de campo”.

“O GPIAAF tenciona publicar ao final da próxima terça-feira uma nota informativa dando conta das constatações iniciais e do caminho a prosseguir pela investigação”, segundo um comunicado enviado à agência Lusa naquele dia.

O helicóptero acidentado, do modelo AS350 — Écureuil, era operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve, e o acidente aconteceu quando regressava ao Centro de Meios Aéreos de Armamar, depois de acionado para um incêndio em Baião.

O quinto militar, cujo corpo foi encontrado na tarde de sábado terá as cerimónias fúnebres esta segunda-feira em Castro Daire, pelas 16:00 e o Primeiro-ministro já confirmou a sua presença. Os funerais dos outros quatro militares realizaram-se no domingo.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Estela Silva / Lusa