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Último balanço de Costa: “Portugal está preparado para vencer os desafios”

Na sua última mensagem de Natal, o primeiro-ministro fez esta segunda-feira um balanço dos oito anos em que esteve à frente do Governo e garantiu que o país “está preparado para vencer os grandes desafios”.

Para justificar esta frase, António Costa recorreu ao nível de qualificações dos portugueses, ao facto de Portugal ser “o país da União Europeia em melhores condições para alcançar a neutralidade carbónica até 2045” e à libertação “de décadas de crónicos défices orçamentais”, numa referência direta à redução da dívida pública abaixo dos 100% do PIB alcançada este ano.

Todos os argumentos apresentados por António Costa coincidem com decisões que foram tomadas pelo Governo entre 2015 e 2023. “Porque temos mais liberdade para decidir, porque estamos mais, bem preparados para enfrentar o maior desafio da humanidade [as alterações climáticas, na perspetiva do chefe do Governo], porque temos uma sociedade mais qualificada e inovadora, por tudo isto, podemos continuar a ter confiança no nosso futuro”, insistiu o chefe do Executivo.

António Costa apresentou a sua demissão no dia 7 de novembro, justificando a decisão com o facto do seu nome surgir num comunicado da Procuradoria-Geral da República, que referia que o primeiro-ministro está a ser investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça, na sequência de uma indiciação do Ministério Público.

António Costa não foi constituído arguido, mas justificou várias vezes, depois da decisão já tomada, que a suspeição que paira sobre ele não é compatível com a função que desempenha. Com a saída de Costa, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, optou por dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas para dia 10 de março.

Agora, na derradeira mensagem de Natal, António Costa fez um balanço dos vários momentos que marcaram a sua governação e também os desafios superados em coletivo. O primeiro-ministro usou oito vezes a palavra “juntos”, que utilizou para referir momentos marcantes desde 2015.

 “Juntos vencemos as angústias da pandemia; juntos temos garantido que a tragédia dos incêndios de 2017 não se repete, juntos temos conseguido mais e melhor emprego, diminuímos a pobreza e reduzimos as desigualdades, recuperámos a tranquilidade no dia-a-dia das famílias. Juntos temos atraído mais investimento das empresas e conquistado mais exportações, repusemos direitos e equilibrámos as contas públicas. Juntos ultrapassámos dificuldades e juntos construímos um país melhor”, afirmou.

“Há problemas que ainda temos de ultrapassar?”, questionou o primeiro-ministro, de forma retórica, respondendo “claro que sim”. 

“E terá de haver sempre força e determinação para os enfrentar. Mas temos muito trabalho em curso que não podemos parar. Perante as adversidades temos o dever de ser persistentes e de nunca desistir. E é por isso que a mensagem que hoje vos quero deixar é, mais uma vez, uma mensagem de confiança. De confiança, em nós, portugueses, de confiança em Portugal, o nosso país”, concluiu, depois de repetir proferir a palavra confiança onze vezes.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Clara Azevedo / GPM