Estão definidos os quatro participantes na Final Four da Taça da Liga. A Estoril e Benfica, já qualificados e que se vão defrontar num dos jogos em Leiria, e ao Sp. Braga, juntou-se este sábado o Sporting, que venceu em Tondela por 2-1, e assegurou a sua presença na partida de dia 23, somando a sua sétima presença seguida nessa fase.
Os leões vão agora defrontar o Sp. Braga, em mais um capítulo num confronto que se tem transformado numa espécie de clássico, dada a ascensão dos minhotos no panorama nacional.
O embate nas meias-finais será o sexto entre as duas equipas na Taça da Liga. Para já, os lisboetas têm grande vantagem, só tendo perdido uma vez… quando Amorim era o técnico arsenalista (2-1, em Braga, com Paulinho a resolver no último minuto e a equipa a conquistar o troféu).
Curiosamente, o técnico leonino apenas perdeu um dos 17 jogos que disputou na Taça da Liga ao serviço dos dois clubes.
Nas restantes partidas, três vitórias para o Sporting, a que se junta uma outra conseguida no desempate por grandes penalidades, demonstrativas da sua superioridade nos confrontos diretos: nos últimos 20 jogos entre ambos, os leões ganharam metade (os dois derradeiros em Alvalade por 5-0) e perderam seis, sobrando quatro empates, um deles já esta temporada na Pedreira.
Resolver cedo
No Estádio João Cardoso, em Tondela, e com a curiosidade de estarem presentes os dois maiores goleadores da história da competição (o dianteiro Paulinho, que somava 20 remates certeiros – ontem somou mais um -, pelos verde e brancos, e o técnico tondelense Tozé Marreco, autor de 12 nos seus tempos de jogador), a equipa de Rúben Amorim entrou com a tranquilidade de até poder perder para seguir em frente, desde que não fosse por dois ou mais golos.
Por isso, o técnico apostou num onze mais alternativo, com Franco Israel na baliza, Neto na defesa, Bragança a ganhar ritmo no meio-campo e Trincão e Paulinho no trio mais avançado – Gyökeres ficou no banco, não fosse o diabo tecê-las.
Do outro lado, o antigo avançado que se tem revelado um técnico prometedor e que está na sua segunda época ao serviço dos auriverdes (que ocupam um tranquilo oitavo lugar na II Liga), apostou num esquema em 5x3x2.
O Sporting mostrou desde cedo que não estava disposto a facilitar apesar de ter tudo a seu favor para se apurar. E com a desproporção de forças em confronto, foi com naturalidade que a equipa de Amorim acabou com quaisquer dúvidas que pudessem existir.
Concentrada, pressionando em todo o campo, a equipa dominou na primeira parte e, ao intervalo, já tinha tudo resolvido.
Depois de Paulinho acertar na trave (5″) na sequência de um canto que resultara de um corte de Mazenga que quase dava autogolo, a vantagem chegou aos 17″, após uma bela jogada coletiva culminada com uma assistência de Nuno Santos para Daniel Bragança, que dominou no peito e rematou sem deixar a bola cair.
Sem levantar o pé do acelerador, o Sporting fez o segundo aos 32″, mais uma vez depois de um excelente lance de equipa, que envolveu Pote, Bragança e Paulinho, autor do remate vitorioso de pé direito desferido à entrada da área. O dianteiro ainda teria mais uma hipótese antes do descanso, mas o cabeceamento saiu fraco e à figura de Ricardo Silva.
O melhor que a equipa da casa conseguiu foi um remate de Dos Anjos que nem assustou o guardião uruguaio (39″), que ainda socou um cruzamento (42″).
Para a segunda parte, Edwards surgiu no lugar de Pote enquanto Tozé Marreco só mexeu na equipa à passagem dos 60 minutos, refrescando o ataque. Por esta altura, já o Sporting jogava sem a mesma acutilância, embora controlando.
Quaresma, Essugo e Afonso Moreira também tiveram os seus minutos. Trincão e Paulinho estiveram perto do terceiro golo em lances consecutivos, mas seria o Tondela a aproveitar um erro de Matheus Reis para reduzir, num remate acrobático de Hélder Tavares (75″). O empate ainda podia ter aparecido, mas no final o triunfo não escapou ao Sporting.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Ivo Pereira / Global Imagens
