O Governo, por meio de Frederico Francisco, secretário de Estado das Infraestruturas, manifestou o desejo que o projeto de alta velocidade entre Lisboa e Porto possa acabar no futuro com o transporte aéreo entre as duas cidades, e que no futuro deixem de existir viagens de avião dentro do território português.
“Queremos que todos estes projetos permitam acabar com as linhas aéreas Lisboa-Porto e no futuro acabar com as viagens de avião dentro de Portugal. Temos 100 mil viagens por ano entre Lisboa e Porto e um milhão de passageiros que fazem Lisboa-Porto todos os anos, e queremos transferi-los para a ferrovia”, destacou o governante no âmbito da apresentação do projeto de alta velocidade.
Destacou Frederico Francisco que “este é o projeto de infraestruturas mais importante em Portugal desta primeira metade do século. É um projeto que está atrasado. O esforço de modernização da linha do Norte falhou e não oferece capacidade de reforçar os serviços. A linha do Norte precisava de uma linha nova ao lado para reduzir substancialmente o tempo de viagem”.
Carlos Alberto Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, avançou com alguns detalhes relativamente a esta primeira fase do projeto, cuja avaliação encontra-se na ordem dos 1900 milhões de euros, sendo que os valores foram ajustados por via da inflação
Este responsável indicou que se tratam de 71 quilómetros de alta velocidade para o primeiro troço, sendo que o comboio pode levar mil passageiros e a ideia é criar centralidade junto das estações, com serviços, habitação e escritórios.
Em causa está o lançamento do concurso para o troço Porto – Oiã (Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro) da linha de alta velocidade Porto – Lisboa, que ligará as duas cidades numa hora e quinze minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria.
Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal