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Taxa de desemprego sobe para 5,8% no 3.º trimestre

Depois de dois trimestre a cair, o desemprego subiu ligeiramente, entre julho e setembro. De acordo com a nota divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa fixou-se em 5,8%, o que significa que aumentou 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior.

“A taxa de desemprego foi estimada em 5,8%, valor superior em 0,1 p.p. ao segundo trimestre de 2022 e inferior em 0,3 p.p. ao terceiro trimestre de 2021”, revelou o gabinete de estatística.

Na mesma linha, a população desempregada aumentou em cadeia (2,3% ou 7 mil indivíduos), mas diminui em termos homólogos (4,1% ou 12,9 mil indivíduos), fixando-se em 305,8 mil pessoas.

“Para a evolução homóloga da população desempregada contribuíram, principalmente, os decréscimos nos seguintes grupos populacionais: homens (8,2 mil; 5,7%); pessoas dos 16 aos 24 anos (10,7 mil; 13,9%); com ensino superior (14,7 mil; 15,3%); à procura de novo emprego (14,3 mil; 5,2%); e desempregados há 12 e mais meses (24,8 mil; 16,2%)”, avança o INE.

De notar que, no terceiro trimestre, a fatia de indivíduos em desemprego de longa duração e de muito longa duração caiu em cadeia 0,8 p.p e 1,8 p.p., respetivamente.

E também, no que diz respeito aos jovens, verificou-se um aumento em cadeia e um recuo homólogo, mas essas variações foram mais expressivas do que as registadas para a taxa global. O desemprego jovem fixou-se em 18,8%, valor superior em 2,1 p.p. ao do trimestre anterior e inferior em 3,8 p.p. ao do trimestre homólogo.

Apesar dos efeitos da guerra, o mercado de trabalho português tem mostrado resiliência. Os empregadores dizem-se, contudo, preocupados com os próximos meses, já que 2024 poderá ficar marcado por uma recessão.

Menos emprego e menos teletrabalho

A nota divulgada esta quarta-feira dá conta também que a taxa de emprego situou-se em 56,7%, no terceiro trimestre, tendo caído 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior, mas subido 0,6 pontos percentuais em comparação com o valor registado há um ano.

“No terceiro trimestre de 2022, a população empregada (4.929,1 mil pessoas) aumentou 0,6% (27,3 mil) em relação ao trimestre anterior e 1,0% (51,0 mil) relativamente ao trimestre homólogo”, detalha o INE.

De notar que, entre os empregados, 836,7 mil pessoas estavam em teletrabalho, isto é, estavam a trabalhar de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação, entre julho e setembro. Tal corresponde a 17% da população empregada, menos 2,6 pontos percentuais do que no segundo trimestre do ano.

Já quanto à subutilização do trabalho, o período compreendido entre julho e setembro foi sinónimo de um aumento em cadeia de 0,4% (2,4 mil indivíduos) e de um recuo homólogo de 6,1% (39,3 mil indivíduos). Estavam, assim, 603,1 mil pessoas nessa situação em Portugal, no terceiro trimestre.

“A taxa de subutilização do trabalho, estimada em 11,2%, manteve-se inalterada em relação ao trimestre anterior e teve um decréscimo de 0,7 p.p. por comparação com o período homólogo”, salienta o INE.

Convém explicar que a subutilização do trabalho inclui desempregados, subemprego em tempo parcial, inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram um novo posto e inativos que procuram emprego mas não estão disponíveis para começar um novo trabalho.

Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico