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STOP diz que 96% estão contra propostas do ministério

O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (S.TO.P.) anunciou que 96% dos milhares de funcionários das escolas auscultados pelo sindicato rejeitaram as propostas do Ministério da Educação, que esta quinta-feira voltam a ser alvo de negociações.

“Auscultámos os nossos sócios e não sócios, docentes e profissionais de educação, sobre as propostas do ministério e já temos os primeiros resultados: são milhares e milhares os que participaram e a rejeição foi acima de 96% de escolas de todo o país”, anunciou o líder do S.TO.P..

Sindicatos e ministério iniciaram em setembro o processo negocial sobre um novo regime de recrutamento e colocação de professores e ainda não chegaram a acordo.

À chegada ao Ministério da Educação, antes de entrar para mais uma ronda negocial com a tutela, André Pestana antecipou que a situação deverá manter-se inalterada depois da reunião.

“Infelizmente o ministro da Educação não está a ir ao encontro das reivindicações”, disse, recordando que, além da proposta que o Governo tem em cima da mesa, os profissionais de educação exigem a recuperação do tempo de serviço congelado, o fim das vagas e quotas de acesso ao 5.º e 7.º escalões ou um aumento de 120 euros para docentes e restantes profissionais.

André Pestana disse ainda esperar que o ministro João Costa “tenha o bom senso” de acolher as reivindicações, lembrando que as escolas iniciaram um processo de greve no início de dezembro que se poderá prolongar para lá de 10 de março, último dia para qual existe, neste momento, pré-aviso de greve por parte do STOP.

“A 9 de dezembro iniciámos uma luta que vai continuar até que a maioria dos profissionais de educação digam que estão de acordo (…) Até lá, vamos continuar a lançar pré-avisos de greve”, afirmou, quando questionado sobre a possibilidade de a greve se prolongar.

No sábado, o S.TO.P. realiza mais uma marcha nacional que vai terminar em frente à Assembleia da República, com uma “vigila permanente até ao final do mês”.

Durante três dias, “centenas de profissionais de educação” vão acampar em frente ao parlamento: “Queremos envergonhar o Estado pela forma como está a tratar os profissionais de educação”, disse André Pestana, que espera chamar a atenção dos ‘media’ internacionais, estando pensada uma encenação em que estarão presentes pessoas amordaçadas.

Fonte: Jornal de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Manuel de Almeida / LUSA