O Sporting venceu (3-2), esta segunda-feira, em Trás-os-Montes, o Chaves em jogo a contar para a 21.ª jornada da Liga. Pedro Gonçalves, em dose dupla, João Teixeira, Nuno Santos e Marrero marcaram os golos do encontro.
o centésimo jogo de Rúben Amorim como técnico do Sporting na Liga, os leões cumpriram com sucesso a missão em Chaves, triunfando por 3-2 numa partida em que ainda complicaram as coisas na primeira parte e desperdiçaram uma mão cheia de ocasiões, incluindo um penálti por Chermiti, (além de dois golos anulados) na segunda, com Pote e Nuno Santos a selarem a conquista dos três pontos que mantiveram o terceiro lugar, ocupado pelo Sp. Braga, a oito de distância.
Perante um adversário liderado por Vítor Campelos que apenas perdera um dos seis jogos anteriores e que foi obrigado a trocar de guarda-redes (Rodrigo Moura avançou para o segundo jogo da época, primeiro na Liga, no lugar do habitual Paulo Vítor, afastado por um problema de saúde), Rúben Amorim voltou a mexer no onze.
Os reforços Bellerín e Diomandé surgiram de início, com Matheus Reis relegado para o banco, ao lado de Morita (de regresso às opções) e Chermiti. Com isto, Paulinho e Trincão voltaram a acompanhar Edwards na frente de ataque, com Pote de novo no meio-campo para uma partida num campo tradicionalmente difícil para os leões – embora tivessem vencido nas últimas duas deslocações a Trás-os-Montes.
Muito se tem falado da “bipolaridade” do Sporting esta época e em Chaves a equipa leonina fez questão de o comprovar mais uma vez. Entrou muito bem, fazendo um quarto de hora de grande qualidade, no qual marcou um golo (penálti concretizado por Pedro Gonçalves a castigar uma falta arrancada por Paulinho, aos oito minutos) depois de desperdiçar uma excelente ocasião (Nuno Santos permitiu a defesa e Trincão acertou a recarga na barreira defensiva).
Depois disso, a equipa da casa começou a reagir, mas o Sporting podia ter feito o segundo aos 25 minutos, com Paulinho a acertar na trave depois de um centro de Trincão.
Mas, quase a seguir (28″), os flavienses criaram a primeira grande ocasião para empatar, na sequência de um livre marcado rapidamente que deixou Juninho na cara de Adán depois de bater Coates em velocidade.
O guarda-redes espanhol pareceu redimir-se do erro europeu, defendendo o remate com a perna, mas a verdade é que aos 34 minutos ficou a sensação de ter sido novamente mal batido no golo do empate da equipa de Campelos: um remate de fora da área de João Teixeira, que teve um ressalto estranho antes de bater no poste e entrar na baliza.
Marcar quatro, contar dois
Mesmo assim,o Sporting ainda podia ter ido para o intervalo em vantagem, não fosse Bellerín ter optado por um passe que Habib cortou quase em cima da linha, em vez de rematar quando estava em excelente posição. Uma equipa que em nove remates acerta apenas dois na baliza, põe-se a jeito – e a verdade é que os homens do trio da frente têm, estatisticamente, poucos golos…
Na segunda parte, porém, houve nova entrada de leão, que em dez minutos marcou por duas vezes, ambas por Paulinho, ambas a passe de Nuno Santos e ambas… anuladas por fora de jogo do dianteiro. No único lance legal neste período, o lateral esquerdo permitiu a defesa a Rodrigo Moura quando estava completamente isolado após passe de Edwards.
Mas tantas vezes o Sporting tentou que lá conseguiu voltar à vantagem – e com toda a justiça, tal a superioridade que ostentava no relvado do Municipal de Chaves. Amorim trocou Trincão por Morita e, logo a seguir, Pedro Gonçalves, que subiu no terreno, fez o 1-2 (12º golo na Liga), com um remate ao seu estilo de fora da área, sem defesa para o guarda-redes flaviense (61″).
Nove minutos depois, coube a Nuno Santos, após cruzamento de Paulinho, resolver o assunto de vez, num remate que ainda desviou em Guima.
Com dois golos de vantagem, os lisboetas começaram então a resguardar-se, até porque quinta-feira há jogo importante na Dinamarca. Chermiti ainda podia ter feito o quarto após por duas vezes, primeiro quando surgiu isolado e depois quando Pote lhe ofereceu um penálti que sofrera, mas em ambas as ocasiões permitiu a defesa a Rodrigo Moura – segundo o playmaker stats, desde desembro de 2021 que o Sporting não falhava um remate dos 11 metros, então por… Pedro Gonçalves.
Em cima da hora, o Chaves ainda reduziu, num belo cabeceamento de Héctor, mas a vitória estva entregue e António Nobre apitou quase de seguida para o fim.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Ivan Del Val / Global Imagens