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Sporting empata a zero em Dortmund na despedida da Liga dos Campeões

Esforço e concentração não chegaram para o Sporting inverter o cenário negativo com que entrou esta quarta-feira no Signal Iduna Park – três golos sofridos em Alvalade no jogo da 1.ª mão do playoff de acesso aos oitavos da Liga dos Campeões.

O empate sem golos frente ao Borussia Dortmund só carimbou o adeus dos leões à renovada Liga dos Campeões, tendo terminado a participação com cerca de 49 milhões de euros amealhados em prémios UEFA.

A primeira parte foi jogada em ritmo lento, sem intensidade e muito longe da baliza, mas ainda assim o Sporting perdeu um jogador por lesão.

Aos 38 minutos, João Simões, que tinha ficado queixoso instantes antes num lance com Gittens, sentou-se no relvado e pediu a substituição. Uma contrariedade sofrida antes do intervalo, que começa a ser regra e não exceção. Nos últimos cinco jogos, o Sporting foi forçado a fazer substituições ainda na primeira parte, devido a lesão, em quatro.

Rui Borges recorreu então a Zeno Debast e ‘rezou’ para que o belga não tivesse nenhum azar, porque, afinal de contas, ele terá de jogar a defesa central no domingo, quando os leões visitarem o AVS para a 23.ª jornada da I Liga.

Entre lesionados e castigados, a lista de indisponíveis é longa: Pote, Nuno Santos, Catamo, Morita , St. Juste, Daniel Bragança, Trincão, João Simões, Hjulmand, Gonçalo Inácio (os três últimos após o jogo de ontem), a que acresce o castigado Diomande.

A atuar em casa o Dortmund ia gerindo o andamento do jogo, sem grande pressão por parte do Sporting, que pareceu entrar em campo resignado com o fim da participação na Champions. Sem conseguir ter bola, a equipa leonina optou por se resguardar, defendendo de forma organizada e coesa, obrigando os alemães a recorrer a remates de longa distância e sem incomodar Rui Silva.

O problema é que não conseguia sair a jogar ou organizar jogo e assim contribuía para uma partida passiva, lenta e sem rasgos ofensivos. A precisar de marcar, pelo menos, três golos, para igualar o resultado que o Dortmund fez em Alvalade, os leões terminaram a primeira parte sem fazer qualquer remate à baliza…

As soluções para o segundo tempo eram diminutas. Viktor Gyökeres (fadiga) e Trincão (lesão) tinham ficado em Lisboa e por isso o ataque foi entregue a Harder e ao reforço Biel, mas sem o efeito desejado.

A surpresa no regresso do intervalo foi Alexandre Brito, que se estreou na Champions com 19 anos e 7 meses, quatro dias depois do primeiro jogo de leão ao peito, frente ao Arouca (Lucas Anjos e Afonso Moreira também se iriam estrear perto do fim da partida).

Rui Silva, o melhor dos leões

No segundo tempo, a iniciativa alemã foi mais incisiva e só não foi bem sucedida porque emergiu um grande Rui Silva.

Aos 52 minutos, Daniel Svensson rematou de meia distância para uma grande defesa do internacional português, que ainda defendeu uma grande penalidade, a castigar uma falta do próprio sobre Adeyemi, que lhe apareceu pela frente, isolado, depois de fugir a Matheus Reis. Mas Rui Silva parou o remate de Guirassy e manteve a baliza a zeros.

Desde Rui Patrício, em 2015, que nenhum guarda-redes leonino defendia um penálti em provas europeias. De seguida, Matheus Reis voltaria a falhar uma interceção, mas Reyna acertou no poste. Depois, aos 73 minutos, Emre Can ainda marcou, mas o lance foi invalidado por fora de jogo.

E, desta forma, o encontro chegou ao fim sem golos e apenas um remate à baliza (Harder aos 89’) por parte dos sportinguistas, que assim deixaram o Benfica como representante único de Portugal nos oitavos de final da Liga dos Campeões (vão defrontar Barcelona ou Liverpool).

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Getty Images