O Sporting começou bem, mas acabou a perder pontos e a liderança do campeonato para o Benfica, depois de empatar, em casa, com o Sp. Braga (1-1), no fecho da jornada 28 da I Liga.
A vencer desde os 15 minutos de jogo com um golo de Viktor Gyökeres (quem mais?), a equipa leonina sofreu o golo do empate aos 87 minutos. Obra de Afonso Patrão, que aos 18 anos e ao terceiro jogo pelo Sp. Braga se estreou a marcar.
Numa jornada em que os quatro primeiros da tabela classificativa jogaram entre si, o Benfica, que na véspera tinha ganho ao FC Porto (4-1), saiu reforçado na luta pelo título. Tem agora mais dois pontos do que o Sporting , mais 11 que o Sp. Braga e mais 12 que o FC Porto, quando faltam jogar seis rondas do campeonato (18 pontos).
Aos três minutos deu-se a primeira explosão de alegria no Estádio José Alvalade, mas Viktor Gyökeres estava em posição irregular, quando recebeu um passe longo de Matheus Reis, e por isso o golo não contou. Mas o sueco não deixou de procurar inaugurar o marcador cedo.
Conseguiu-o aos 15 minutos. De livre direto – uma novidade no campeonato, embora já tivesse marcado assim ao Nacional, na Taça da Liga, em outubro passado -, Gyökeres bateu o jovem guardião do Sp. Braga, Lukas Hornicek, e colocou o Sporting em vantagem.
Foi o 31.º golo no campeonato e o 44.º da temporada em outros tantos jogos. Um golo que lhe permitiu ultrapassar o registo da temporada passada e que o coloca na galeria dos notáveis que marcaram pelo menos 44 golos numa época pelos leões, na companhia dos ilustres Peyroteo, Yazalde e Jardel.
Com Gonçalo Inácio, Geovany Quenda e Matheus Reis de regresso, o Sporting entrou no jogo com muita personalidade ofensiva e o desempenho do goleador sueco era um bom indicador das reais intenções do campeão nacional na receção à equipa que tinha o melhor desempenho fora de casa, para além dos leões.
O Sp. Braga só conseguiu libertar-se da pressão imposta pelos leões perto do final da primeira parte. O primeiro remate dos minhotos aconteceu apenas aos 40 minutos, depois de Rodrigo Zalazar ter roubado a bola a Debast e ter tentado fazer o empate. Rui Silva estava atento e o intervalo chegou com o Sporting em vantagem.
Com o reaparecimento dos guerreiros no final da primeira parte, adivinhava-se um segundo tempo mais intenso, mas a bola andou muito longe das balizas até aos minutos finais. O primeiro canto do jogo aconteceu aos 56 minutos, mas Trincão – teve um daqueles jogos em que se apaga completamente, para num outro qualquer aparecer a brilhar – teve má pontaria e o lance perdeu-se.
Nas palavras de Rui Borges, para vencer “o melhor Sp. Braga da época” era preciso um “Sporting competente” a criar oportunidades de golo, mas não foi bem isso que se viu em campo.
No segundo tempo, a equipa leonina baixou o bloco e parecia gerir o resultado, apesar da magra vantagem, em vez de procurar oportunidades para chegar ao dito golo da tranquilidade.
Um risco assumido apesar da evidente melhoria ofensiva da equipa minhota, que iria resultar no empate. Afonso Patrão apanhou a defesa leonina a dormir e cabeceou para o fundo da baliza de Rui Silva.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Pedro Rocha / Reuters