Um Sp. Braga demasiado macio a defender (acabou o jogo sem qualquer cartão amarelo) e descrente ofensivamente (desperdiçou um penálti aos 5 minutos) só podia sair do Santiago Bernabéu com uma pesada derrota diante do Real Madrid (3-0).
Os merengues garantiram assim a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Algo que os minhotos ainda podem aspirar depois do empate do Nápoles com o Union Berlin (1-1), embora a tarefa não seja fácil: precisam vencer os dois jogos que lhe faltam, precisamente frente a esses dois adversários, e esperar que os italianos percam frente ao Real Madrid.
O sábio Carlo Ancelotti disse na antevisão do jogo com o Sp. Braga que para vencer na Champions era preciso algo mais do que jogar bem, critério que reconhecia à equipa de Artur Jorge, que por sua vez concordou com o técnico italiano, que já levantou cinco troféus. Para vencer na prova milionária é preciso aproveitar as oportunidades e não cometer erros como os que os minhotos protagonizaram hoje em Madrid.
A grande penalidade ganha por Borja (agarrado por Lucas Vásquez na área) e desperdiçada por Álvaro Djaló podia ter colocado os guerreiros a vencer o Real Madrid aos cinco minutos de jogo, mas faltou eficácia. O lance ficará de certo na memória do jovem Andriy Lunin, que foi chamado à titularidade na sequência da lesão de Kepa no aquecimento.
Logo depois um erro de Niakaté resultou num golo de Brahim Díaz, mas o lance foi anulado por falta de Vinícius Jr. Foi mais um sinal do do poderio ofensivo dos merengues, que chegariam à vantagem no marcador por Brahim Díaz . Ficaram todos a olhar para a bola conduzida em velocidade por Rodrygo e esqueceram-se de seguir as movimentações do prodígio espanhol.
E assim, de erro em erro, o Sp. Braga foi penalizado, mas nunca deixou de mostrar que podia discutir o jogo e o resultado. Bruma era o nome do perigo minhoto. Aos 20 minutos, o extremo português recebeu a bola, driblou Rudiger e caiu na área, ficando a pedir novo penálti sem sucesso.
Vinícius Jr. e Rodrygo tentaram ampliar o marcador – depois de uma perdida incrível Djaló – algo que só conseguiram no segundo tempo.
No regresso do balneário, Artur Jorge pediu aos jogadores para rematarem à baliza, mas acabou o segundo tempo com apenas três remates (contra 11 do Real Madrid), um deles a fechar o jogo por Abel Ruiz, que segundos antes do apito final viu Lunin evitar o golo de honra dos minhotos.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Pierre Fhilippe Marcou / AFP
