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Santos Silva destaca “marca valiosa” da cultura e sociedade portuguesas

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, considerou que as migrações “dizem muito” a um país de emigrantes e de imigrantes como Portugal, numa mensagem em que assinalou o Dia Internacional dos Migrantes este domingo.

“Somos um país de emigrantes e de imigrantes e essa é uma marca valiosa da nossa cultura e da nossa sociedade”, referiu o presidente, numa publicação na sua conta oficial na rede social Twitter.

No vídeo que acompanha a mensagem, o presidente do parlamento afirmou que Portugal precisa de “fazer muito mais”, quer no apoio aos emigrantes portugueses no estrangeiro, quer no acolhimento dos imigrantes que vivem em Portugal.

“Mas temos feito muito e destacamo-nos internacionalmente pelo muito que fazemos e é isso que nós devemos sublinhar”, defendeu.

O presidente do parlamento recordou que Portugal é “um país de emigrantes há muitos séculos”, dizendo que o número dos que nasceram em Portugal e vivem noutro país há mais de um ano ronda os 2,5 milhões, usando o critério das Nações Unidas.

“Se usarmos o critério da nacionalidade, temos 2,2 milhões de cidadãos portugueses com cartão de cidadão português que vivem no estrangeiro. Mas se a estes acrescentarmos os seus descendentes e falarmos nas comunidades portuguesas residentes no estrangeiro, pois o número sobe para bem perto de seis milhões”, referiu.

“Somos muitos os portugueses e descendentes de portugueses que vivemos em praticamente todos os países do mundo e esses fazem parte de Portugal, todos eles”, realçou.

Por outro lado, a segunda figura do Estado salientou que Portugal é “cada vez mais um país de imigrantes”.”

“Quase 700 mil pessoas estrangeiras vivem hoje em Portugal e nós caracterizamo-nos por acolher essas pessoas muito bem, somos considerados internacionalmente um dos países mais recetivos às migrações, um dos países que melhor acolhe e melhor integra os estrangeiros”, referiu.

Segundo o Relatório Mundial sobre Migração 2022, existem 281 milhões de migrantes internacionais, o que equivale a 3,6% da população mundial.

No relatório anterior, lançado em 2019, o número contabilizado era de 272 milhões de migrantes internacionais, ou seja, 3,5% da população global.

O aumento aconteceu apesar do “impacto dramático da pandemia [de covid-19] sobre a migração, que incluiu o fecho de fronteiras”, segundo o documento relativo ao ano em curso.

Na década de 1970, o total de migrantes internacionais rondava os 80 milhões de pessoas, o equivalente a 2,3% da população mundial.

Fonte: Jornal de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: LUSA