Roberta Metsola arriscou falar português e foi assim que começou a discursar esta sexta-feira na Assembleia da República: “É uma honra estar aqui hoje a representar o parlamento europeu”.
Depois, prosseguiu em inglês, começando por elogiar Portugal. “É maravilhoso estar de volta a Portugal, um país que personifica o que é ser europeu. É um lugar onde me sinto em casa, com pessoas que simbolizam resiliência e solidariedade. É esse o efeito português”, frisou.
A presidente do Parlamento Europeu elencou os desafios que a Europa enfrenta e mostrou-se orgulhosa de ver como o continente lhes tem feito frente. “São muitos os desafios. A guerra, a grande inflação e escassez de energia. Muitos têm dificuldades para pagar as contas, as matérias-primas estão a escassear, as alterações climáticas não podem ser ignoradas e a recuperação da economia continua a ser débil. Orgulho-me de ver como a Europa fez frente e continua a fazer frente aos desafios”, afirmou a maltesa.
“Após o início da guerra encontrei um conjunto de mulheres e crianças ucranianas em Estamburgo e perguntei para onde iam. Dizia que para o Porto. Do outro lado do continente, estão a dar força às pessoas. Portugal sabe ultrapassar desafios geográficos”, acrescentou, salientando que Açores e Madeira não são esquecidas nas grandes decisões europeias:
“Não há um lugar na Europa que seja demasiado longínquo para nos desinteressar. Esperamos que Açores e Madeira tenham mais recursos para prosperar”.
A presidente do Parlamento Europeu falou ainda sobre o desafio da “inteligência artificial” e diz que “a tecnologia tem de ser acompanhada”, porque “a era digital representa uma ameaça”. “Temos de reconsiderar como legislamos e pensamos”, vincou, abordando ainda temas como as migrações, tráfico de seres humanos e alterações climáticas.
Metsola disse ainda que a “Europa não procura tomar todos como iguais, todos são diferentes entre si” e que “a Europa vale a pena”.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Miguel A. Lopes / LUSA