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Rio Ave-Benfica. Pareceu fácil, ficou complicado, mas apareceu a magia turca

O Benfica venceu em casa do Rio Ave por 3-2 e repôs a desvantagem de 3 pontos para o Sporting, num jogo que pareceu fácil para a formação de Bruno Lage mas que acabou por ser muito complicado.

Recorde-se que os encarnados têm uma partida em atraso, acertando o calendário em Barcelos, diante do Gil Vicente, depois da paragem para os trabalhos das seleções nacionais.

Tomás Araújo foi titular nos encarnados, apesar da alegada sobrecarga muscular que o afastou da convocatória da Seleção Nacional, com a grande novidade no onze a ser a presença simultânea no ataque de Amdouni e Pavlidis. E Bruno Lage, que nos últimos dias esteve doente, com uma virose, conseguiu juntar-se ao grupo e orientou a equipa no banco.

O Benfica entrou fortíssimo, com pressão alta que não deixava o Rio Ave sair a jogar e nos primeiros dez minutos somou quatro aproximações perigosas à baliza de Miszta, sem dúvida um dos melhores guarda-redes da I Liga.

O Rio Ave passava por enormes dificuldades, ilustradas pelo facto de apenas aos 13’ ter conseguido entrar com a bola dominada no meio-campo dos lisboetas. Aos 19’, Amdouni atirou ao poste na jogada mais perigosa das águias até então e, na resposta a esse lance, Clayton teve nos pés a única oportunidade dos vilacondenses até ao intervalo, mas atirou por cima.

Até que depois de dez minutos sem grandes incidências, Kökcü fez levantar os adeptos benfiquistas com um golo de bandeira, do meio da rua, sem hipóteses para Mizsta.

Até ao descanso, o Benfica dominou por completo, mostrando-se a nível elevado na reação à perda da bola, naquela que muitas vezes é uma das suas principais pechas. Ao intervalo, o 0-1 era claramente lisonjeiro para um Rio Ave que só tinha perdido em casa neste campeonato com o Sporting.

Segunda parte bem diferente

A precária condição física de Tomas Araújo ficou comprovada com a sua saída ao intervalo, tendo entrado Leandro Barreiro, com Aursnes a passar a ser o defesa direito. O recomeço não trouxe grandes novidades, com domínio total de um Benfica “virado à esquerda”, com Carreras em grande estilo. Aos 50’ Pavlidis ganhou uma grande penalidade, que o próprio converteu com sucesso, tendo chegado aos 20 golos na época e aos dez no campeonato (seis nas últimas seis jornadas).

O Rio Ave só mostrava um ar da sua graça através dos “esticões” do ponta de lança Clayton e foi num desses lances que o brasileiro ganhou um livre perigoso, concretizado com sucesso por Aguilera aos 64’, beneficiando de um desvio em Pavlidis, que traiu Trubin.

E o jogo virou da noite para o dia: o Rio Ave ganhou ânimo, subiu no terreno e começou a colocar dificuldades ao último reduto dos encarnados, com António Silva a entrar no registo habitual das perdas de bola comprometedoras perto da da área.

Aos 73’ Bruno Lage fez uma tripla substituição, com Renato Sanches, Aktürkoglu e Belotti a renderem Kökçü, Amdouni e Pavlidis. E logo a seguir, Florentino perdeu a bola de forma incrível para Clayton, quando era o último homem, e o Rio Ave chegou ao 2-2.

Até que aos 81’ Belotti teve um lance de grande classe, deixando Aktürkoglu na cara do golo, com o turco a finalizar com grande classe e a recolocar o Benfica em vantagem.

Logo a seguir, Aktürkoglu atirou ao poste e até ao final os visitantes conseguiram controlar a partida sem grandes sobressaltos, com Clayton a ser expulso por acumulação de amarelos no último minuto dos descontos.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: www.slbenfica.pt