A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) apresentou na última sexta-feira (31/10), no Paço Municipal, o projeto de revitalização do prédio da antiga Hospedaria dos Imigrantes, localizado na Rua Silva Jardim, 93, Vila Nova, em Santos.
A proposta é restaurar o edifício tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) e transformá-lo em um espaço unindo habitação, cultura e turismo.
O estudo elaborado pela CDHU prevê a construção de 182 apartamentos de dois dormitórios, 52 de três dormitórios e 52 de um dormitório. Além disso, o empreendimento contará com 40 lojas, 87 salas comerciais, um cinema e uma quadra poliesportiva. O objetivo é criar um espaço multifuncional com moradia, comércio, cultura e convivência urbana.
MARCO
O prefeito Rogério Santos, presente à apresentação, destacou que a iniciativa marca um passo decisivo para resgatar um patrimônio histórico, dar vida nova ao bairro e oferecer moradia digna à população.
“Queremos que este projeto não seja apenas um marco visual, mas um centro pulsante de convivência, onde famílias morem, empreendedores atuem, o turismo se fortaleça e a cultura se instale. O Município assume o desafio de unir passado, presente e futuro, preservando a nossa história, oferecendo moradia para quem precisa e fortalecendo a economia local”.
Tombado, o edifício exige cuidados específicos de restauração e compatibilização dos usos. O projeto em fase inicial, ao integrar moradia social com comércio e lazer, busca ativar o entorno, gerar emprego e dinamizar o bairro da Vila Nova, fortalecendo o tecido urbano e promovendo maior densidade de atividades.
Segundo a diretora de Projetos e Programas da CDHU, Maria Teresa Diniz, o objetivo é integrar moradia, comércio, serviços e áreas de convivência, promovendo o desenvolvimento urbano e social da região.
“A Hospedaria dos Imigrantes é um marco do patrimônio santista. Nossa missão é resgatar esse edifício e devolver à população um espaço vivo, que mantenha sua memória e, ao mesmo tempo, responda às necessidades da cidade de hoje, com vida urbana ativa e acessível a todos”.
HISTÓRICO
O prédio, datado de 1912, foi idealizado para receber os imigrantes, mas nunca foi utilizado com essa finalidade. Na época de sua construção, o fluxo de imigrantes já não era tão grande e as pessoas eram conduzidas à seção competente, em São Paulo.
Acabou transformando-se num armazém de café, depósito da Cooperativa dos Bananicultores e pátio de contêineres. A construção, eclética, com muitas características neocoloniais, é retangular, compõe-se de duas alas distintas que formam um pátio central. São ligadas no pavimento térreo – com 6,20 m de pé direito.
No andar superior, cujo pé direito tem 7 m e onde ficariam os dormitórios, elas são unidas por larga varanda, apoiada em pilares.
MACUCO
Durante o encontro, a CDHU também apresentou também o Santos AE Macuco, empreendimento de uso misto que será implantado em área de 30 mil m² de propriedade da CPTM, localizada entre as avenidas Siqueira Campos, Senador Dantas e a Rua Padre Anchieta.
O projeto prevê 1.769 unidades habitacionais, sendo 762 de Habitação de Interesse Social (HIS), destinadas a famílias com renda de até seis salários mínimos e 1.007 de Habitação de Mercado Popular (HMP), para famílias com renda de até dez salários mínimos. Além das moradias, o plano inclui comércio, serviços e equipamentos públicos, somando 170 mil m² de área construída.
O empreendimento também contemplará áreas voltadas ao uso institucional, com equipamentos de saúde, educação, esporte e lazer. Haverá quadra poliesportiva, pista de skate, playground, áreas verdes e espaços de caminhada, além de um restaurante no terraço com vista para o mar e um auditório. Toda a área livre será de uso público, conectando o empreendimento à malha urbana do bairro.
Segundo o prefeito, estas iniciativas mostram o compromisso do Governo do Estado e da Prefeitura em planejar uma Santos moderna, inclusiva e conectada à sua história.
“O Santos AE Macuco é um exemplo de cidade compacta e integrada, que aproxima moradia, trabalho e serviços. Esse modelo é o futuro das grandes cidades, com desenvolvimento com inclusão e sustentabilidade”.
Ambos os projetos estão em fase inicial, com estudos técnicos e arquitetônicos em andamento. As próximas etapas incluem a consolidação dos planos urbanísticos, definição de parcerias e cronograma de obras.
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