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Relação Portugal-EUA “é prioritária” e “não sofrerá alteração de monta” com mudança na Casa Branca

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou esta segunda-feira que “respeita” a decisão de Joe Biden de não se recandidatar a um segundo mandato, considerando que este é o momento para enaltecer “o legado” do ainda Presidente dos Estados Unidos.

“Tem sido um presidente que reforçou imenso a relação transatlântica, tendo tido, aliás, uma ótima cooperação com Portugal”, destacou Paulo Rangel, à margem da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, esta segunda-feira, em Bruxelas.

“No momento em que ele anuncia que não será candidato e, por conseguinte, que não voltará a exercer estas funções, impõe-se uma palavra de, por um lado, respeito político e pessoal pela sua decisão e, por outro lado, de chamar a atenção para o seu legado”, frisou, destacando a abordagem de Biden relativamente “aos desafios que o continente europeu enfrenta com um ataque, uma guerra de agressão como esta que o governo de Putin levou avante”.

Sobre a relação entre Portugal e os Estados Unidos, Rangel afirmou que esta “é prioritária para nós” e que “está a correr muito bem, não apenas do ponto de vista da Aliança de Segurança e Defesa, materializada na NATO e que foi sempre muito próxima, mas também até economicamente”.

Agora “até no setor do turismo”, destacou, convicto de que essa relação “não será alterada” com qualquer mudança de administração.

Da mesma forma, Paulo Rangel diz-se confiante de que relativamente ao apoio ocidental à Ucrânia também não surjam alterações após as eleições norte-americanas.

“O apoio à Ucrânia manter-se-á exatamente nos mesmos termos, de forma, aliás, reforçada”, sublinhou Paulo Rangel, dando como exemplo “aquilo que foi aprovado na cimeira da NATO”, que funciona como apoio num “quadro de médio prazo, seja em termos de ajuda militar, seja em termos de ajuda financeira”.

“Portanto, sinceramente, não espero que haja aí alterações de monta substantivas”, sublinhou o ministro.

Do ponto de vista do regresso da paz à Ucrânia, Rangel não acredita que haja um impacto particular, fruto de uma mudança de administração nos Estados Unidos, pois os “processos [são] dinâmicos”.

“O presidente Zelensky tem uma proposta para a paz. Se ela, por acaso, vier a fazer o seu caminho, como nós esperamos que venha, e por isso participamos no processo de Zurique e estamos à espera do seu seguimento, evidentemente que os dados geopolíticos podem alterar-se de uma forma favorável e, portanto, já estarmos noutra linha”, afirmou.

Sobre a possível nomeação de Kamala Harris como candidata Democrata, à Casa Branca, Rangel escusou-se a comentar, justificando que se trata de uma questão partidária interna e de ordem nacional.

Fonte e crédito da imagem: Diário de Notícias / Portugal