Um pacto entre a Liga Portugal e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que faça crescer o futebol português e conduza a seleção nacional à conquista do Mundial. Esta é a sugestão de Reinaldo Teixeira, empossado presidente da Liga Portugal na semana passada.
“Crescendo em conjunto teremos mais condições para crescer em qualidade, para reter talento e para retribuir com o que todos sabemos estar em falta: um contributo efetivo das nossas ligas para as seleções nacionais, assegurando a identidade e profundidade de soluções que nos colocarão ainda mais perto dos títulos, incluindo o título Mundial que Portugal merece”, disse o sucessor de Pedro Proença.
O novo líder do organismo pretende construir um “ambiente saudável” para valorizar o futebol português. “Vivemos tempos urgentes também na credibilidade das instituições. Temos exigência máxima e uma cultura de absoluto respeito institucional”, disse, recordando que é indispensável rever o protocolo entre a Liga e a FPF.
Numa cerimónia realizada na nova sede do organismo, no Porto, o sucessor de Pedro Proença reiterou ter a missão de “ser o presidente de todas as SAD” e enfatizou a urgência de resolver a questão da centralização dos direitos televisivos, “o tema nuclear” do mandato, até 2027.
Um problema que terá de ser solucionado no prazo de um ano:
“Desde há dez anos, essa tem sido a principal bandeira desta casa. Infelizmente, nestes dez anos, ainda não foi possível concretizá-la. Falta apenas um ano para entregar à autoridade da concorrência o projeto da comercialização”.
“Hoje, 16 de abril de 2025, a Liga não tem nenhuma proposta de aquisição dos direitos na mão. Hoje, 16 de abril de 2025, a Liga não tem uma chave de repartição futura aprovada pelas SAD’s. É este o nosso ponto de partida.”
Por isso solicitou reuniões formais a todos os operadores e plataformas de distribuição de conteúdos a operar no mercado português.
O resultado destas reuniões “será transmitido brevemente sem filtros” a todas as SAD. “Não vamos desistir. A centralização será um momento que vai refundar o futebol português”, segundo o novo presidente do organismo que organiza a I e II ligas.
O presidente da Liga Portugal pediu ainda o contributo do Governo para implementar medidas que ajudem o futebol:
“Pedimos ao Governo que nos dê oportunidade de melhor cumprir a nossa missão social, corrigindo as injustiças de que somos alvo nos seguros, na fiscalidade e, em particular, no IVA da bilhética. Este é um dossier prioritário.”
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Jose Ribeiro/ Movephoto