O Estádio da Luz viveu mais uma grande noite europeia esta quarta-feira, digna de Liga dos Campeões, mesmo que o resultado não tenha sorrido ao Benfica, que saiu derrotado pelo Barcelona (0-1) na primeira mãos dos oitavos de final da competição.
Os catalães sobreviveram a um boicote estratégico interno – expulsão de Pau Cubarsí aos 21 minutos -, mas aproveitaram um erro de António Silva para chegar ao golo.
Raphinha foi o autor do tento, mas o homem do jogo foi mesmo Wojciech Szczesny. Dia 11 há mais em Barcelona.
Com Otamendi a cumprir o jogo 100 na Liga dos Campeões (o dobro dos jogos do capitão do Barcelona, De Jong), Bruno Lage apostou em Leandro Barreiro de início e entregou a Fredrik Aursnes a importante missão de fazer de Fiorentino (lesionado), vendo a equipa entrar forte e pressionante no jogo.
Tanto que aos 17 segundos podia ter chegado ao golo. Pavlidis serviu Aktürkoglu no lado direito da área, que rematou para defesa apertada de Wojciech Szczesny.
O guarda-redes polaco sempre teve muito trabalho nas visitas à Luz e ontem não foi exceção, mas desta vez foi notícia pelas enormes defesas e não por ter comprometido a equipa, como no último duelo, entre catalães e benfiquistas, em que sofreu quatro golos (tantos como tinha sofrido quando estava na baliza da Juventus).
Szczesny impediu Orkun Kökçü de marcar de livre direto e já tinha feito o mesmo a Schjelderup e Aktürkoglu no primeiro tempo.
Jogo animado. O início do desafio foi precedido de um forte temporal em Lisboa, que chegou a ameaçar a qualidade do mesmo, mas as equipas acompanharam o grande ambiente vindo das bancadas, não deixaram que tal acontecesse e deram espetáculo desde o apito inicial, numa partida de parada e resposta e com o Barcelona a ter mais bola, mais iniciativa ofensiva. Lewandowski e Raphinha assumiram cedo a missão de importunar Trubin.
Aos 12 minutos o polaco surgiu no coração da área a rematar para boa defesa, mas incompleta de Trubin… que defendeu ainda a duas recargas.
Mas a estratégia de Hansi Flick, que promoveu três alterações no onze inicial foi comprometida bem cedo. Aos 21 minutos, quando Pau Cubarsí foi expulso por derrubar Pavlidis quando ele se isolava para a baliza.
Nada a fazer. O Barcelona ficou reduzido a dez jogadores quando ainda faltavam jogar 80 minutos. O que levou o técnico alemão a tirar Dani Olmo e fazer entrar Ronald Araújo.
Como esperado, o Benfica tenta assumir a posse de bola, mas o fumo provocado pelo lançamento d e foguetes desde a bancada onde estavam adeptos afetos à claque No Name Boys – ontem alvo de buscas pela PSP – dificultou a tarefa de Trubin, que ia sendo traído pela pouca visibilidade nos ataques de Raphinha, uma, duas, três vezes.
Depois do intervalo, tanto o Benfica como o Barcelona voltaram ao relvado com os mesmos que terminaram o primeiro tempo. Szczesny começou o segundo tempo a sacudir as bolas aéreas da sua grande área e depois agigantou-se. O polaco iria travar cinco claras oportunidades de golo do Benfica.
Os treinadores resolveram então mexer nas respetivas equipas – Flick lançou Ferrán Torres e Lage respondeu com Samuel Dahl -, mas foi um erro a desbloquear o 0-0.
Sem pressão, António Silva colocou a bola nos pés de Raphinha numa zona proibida, o brasileiro agradeceu a oferta e bateu Trubin. Foi o 3.º golo de Raphinha ao Benfica esta época.
No próximo dia 11 os encarnados visitam o Barça. O vencedor desta eliminatória vai defrontar, nos quartos de final, o vencedor do duelo entre o Borussia Dortmund e Lille.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Miguel A. Lopes / Lusa