Além de confirmar 10 mortos, o Comité de Investigação da Rússia anunciou que abriu uma investigação criminal sobre a queda do avião, no qual terá morrido o lider do grupo de mercenários da Wagner, Yevgeny Prigozhin.
Num comunicado, citado esta quinta-feira pela Sky News, o Comité de Investigação da Federação Russa fez saber que “abriu um processo criminal com base num crime nos termos do artigo 263 do Código Penal”.
“Isso é uma violação das regras de segurança” no transporte aéreo, segundo a nota, que não menciona o nome de Prigozhin.
É referido que o avião particular (um Embraer 135) seguia de Moscovo para São Petersburgo quando caiu na região de Tver. “De acordo com dados preliminares, 10 pessoas que estavam a bordo morreram”, incluindo os três tripulantes, confirmou este organismo. Todos os 10 corpos foram encontrados.
Ainda de acordo com o comité, “uma equipa de investigação foi ao local” da queda do aparelho, e garantiu que “serão realizados todos os exames forenses necessários”, bem como outras ações de investigação “para determinar as causas da queda do avião”.
Flores para Progozhin
Também a Autoridade da Aviação Civil (Rosaviatsia) fez saber que criou uma comissão especial para investigar a queda da aeronave, tendo confirmado que o nome do líder da Wagner estava na lista de passageiros a bordo do avião.
“De acordo com a companhia aérea, os seguintes passageiros estavam a bordo da aeronave Embraer-135 (EBM-135BJ):… Prigozhin, Yevgeny”, referiu Rosaviatsia, que também referiu o comandante dos mercenários Dmitry Utkin.
Em São Petersburgo, pessoas depositaram flores e emblemas com o logotipo do grupo Wagner num memorial improvisado fora da sede do grupo mercenário privado, como relataram jornalistas da AFP.
“Neste momento, simplesmente não temos palavras”, disse um homem com máscara, ao lado de alegados elementos do grupo Wagner que estavam no local. “Vamos apoiar Yevgeny Viktorovich (Prigozhin) e todos os nossos comandantes. Precisamos do vosso apoio agora”, disse.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Telegram / @grey_zone / AFP