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PSD/Madeira vence eleições com 36,1%. Partido não consegue maioria absoluta

O PSD venceu este domingo as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por cinco deputados a maioria absoluta, quando estão apuradas todas as freguesias, segundo dados oficiais provisórios.

Os sociais-democratas obtiveram 36,13% dos votos e 19 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados, de acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna,

A maioria absoluta requer 24 assentos.

O PS foi a segunda força mais votada, com 21,32%, e elegeu 11 deputados, e o Juntos pelo Povo (JPP) foi terceiro, com 16,89% e nove deputados, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna – Administração Eleitoral.

Taxa de abstenção foi de 46,60%, semelhante à de 2023

A taxa de abstenção nas regionais da Madeira deste domingo foi de 46,60%, muito próxima da de 46,65% registada nas eleições anteriores, segundo os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Depois de apuradas todas as freguesias, a abstenção situou-se nos 46,60%, quando estavam inscritos 254.522 eleitores (135.909 votantes).

Nas eleições do ano passado, a abstenção acabou por ficar nos 46,65% e, em 2019, nos 44,5%.

Direita com maioria dos mandatos, PS e JPP com 20 deputados

A direita parlamentar conseguiu a maioria dos 47 mandatos da Assembleia Legislativa da Madeira, numas eleições em que PS, JPP e PAN garantiram 21 lugares, segundo dados oficiais provisórios.

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 36,13% dos votos e 19 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.

Em segundo lugar, o PS conseguiu 11 eleitos, seguindo-se o JPP, com nove, o Chega, com quatro, o CDS-PP, com dois, e a IL e o PAN, com um deputado cada. Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.

 

CDU e BE de fora do parlamento madeirense

A Coligação Democrática Unitária (CDU — PCP/Verdes) e o Bloco de Esquerda (BE) falharam este domingo a eleição de deputados nas eleições regionais antecipadas da Madeira, ficando de fora da Assembleia Legislativa madeirense, segundo os resultados provisórios.

Esta é a terceira vez que tanto a CDU como o BE falham a presença no parlamento da Madeira.

As eleições deste domingo foram ganhas pelo PSD, sem maioria.

A CDU concorre nas eleições legislativas regionais desde 1976 e não conseguiu eleger deputados nesse ano, em 1988 e agora.

Nas últimas eleições, em setembro de 2023, tinha eleito um.

Por seu lado, o BE, que concorre desde 2004, ficou sem representante no parlamento madeirense em 2011 e em 2019.

PSD satisfeito por continuar a ser “partido vencedor”

O PSD/Madeira realçou este domingo que continua a ser “vencedor” na região, considerando a projeção da Universidade Católica à boca das urnas, que aponta para a vitória dos social-democratas, com a eleição de entre 16 e 21 deputados.

“O PSD é o partido vencedor, é o partido em que os madeirenses confiam para continuar a governar os destinos da região e também, pelos dados que foi possível observar, há também uma maioria significativa à direita”, disse Jorge Carvalho, membro do Conselho Regional do partido, na sede social-democrata, no Funchal.

Numa primeira reação à projeção da Universidade Católica divulgada pela RTP e pela Antena 1, Jorge Carvalho destacou ainda o facto de a abstenção — entre 44% e 49% – se manter “dentro dos padrões das últimas eleições”, apesar de os eleitores madeirenses tenham sido chamados a votar três vezes em nove meses — regionais em setembro de 2023, nacionais em março e agora regionais antecipadas.

Apesar de a projeção não apontar para a maioria absoluta — para isso são necessários 24 deputados –, Jorge Carvalho considerou ser “prematuro” aventar a possibilidade de acordos com outras forças.

“Há uma coisa que a projeção indica, é clara desse ponto de vista: cabe ao PSD efetivamente encontrar. Depois, um processo de estabilidade para a governação da região”, disse.

Miguel Albuquerque “disponível para governar com todos os partidos com assento parlamentar”

O PSD/Madeira reagiu este domingo às eleições na região. Miguel Albuquerque afirmou que o PSD/Madeira “ganhou de forma clara e inequívoca”.

O líder do partido começou por agradecer a confiança dos madeirenses e afirmou que o PS ficou a 20 mil votos e oito mandatos do PSD. “A esquerda foi derrotada”, garantiu.

André Ventura diz que o Chega não estará em nenhum governo liderado por Miguel Albuquerque

André Ventura reagiu, este domingo, às eleições na Região Autónoma da Madeira e referiu que Miguel Albuquerque não tem condições políticas para se manter à frente do governo regional.

O líder do Chega disse ainda que a vitória de Miguel Albuquerque não era o resultado que o partido de extrema-direita pretendia.

PS não está disposto para dialogar com o PSD e Chega

O PS/Madeira, encabeçado por Paulo Cafôfo, reagiu à derrota deste domingo nas eleições da Madeira e mostrou-se indisponível para dialogar com o PSD, partido vencedor sem maioria, e com o Chega.

O PS foi a segunda força mais votada, com 21,32%, e elegeu 11 deputados.

Pedro Nuno Santos defende que “governa quem consegue ter uma maioria”

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, rejeitou este domingo imiscuir-se em qualquer decisão sobre eventuais alianças dos socialistas na Madeira, considerando que “governa quem consegue ter uma maioria” e que à direita “é confusão” agora também na região autónoma.

Numa reação aos resultados eleitorais das eleições na Madeira desde a sede do PS em Lisboa, o líder socialista assinalou que, apesar da vitória sem maioria absoluta, “o PSD tem o seu pior resultado de sempre”.

CDS-PP disponível para dialogar com todos os partidos para viabilizar governo

O CDS-PP/Madeira manifestou-se este domingo disponível para dialogar com todos os partidos para entendimentos parlamentares que viabilizem o Governo Regional e o orçamento madeirense, e reiterou que não faz coligações de Governo.

“O CDS está disposto a dialogar com todos os partidos para viabilizar o próximo governo e o orçamento”, garantiu o líder do CDS-PP regional e cabeça de lista do partido às eleições deste domingo, José Manuel Rodrigues, na sede do partido.

O centrista reagia assim aos resultados da votação, que deram a vitória sem maioria absoluta ao PSD e um grupo parlamentar com dois deputados ao CDS-PP.

Raimundo antecipa que perda de representação da CDU vai afetar negativamente região

O secretário-geral do PCP assumiu este domingo não ficar satisfeito com a perda de representação parlamentar na Madeira, considerando que esse será o fator “que pesará mais negativamente na vida política” da região.

“A perda de representação parlamentar da CDU é o fator que pesará mais negativamente na vida política da região, e em particular no que toca à defesa dos interesses do povo e dos trabalhadores da região”, afirmou Paulo Raimundo numa declaração na sede nacional do PCP, em Lisboa.

Para o líder comunista, pesaram no resultado da CDU “fatores de dispersão relativos àquilo que estava em causa nas próprias eleições regionais, as circunstâncias em que as eleições se realizaram” – com a dissolução da assembleia regional e a convocação de eleições por parte do Presidente da República -, que fizeram com que “aspetos associados à dissolução” se tenham sobreposto à apreciação política.

Fonte: Correiro da Manhã / Portugal

Crédito da imagem: Gregório Cunha / Lusa