Pesquisar
Close this search box.

Projeções colocam Brasil como o maior exportador mundial de soja e milho este ano

O Brasil será este ano o maior exportador mundial de soja e substituirá, pela primeira vez, os Estados Unidos como o maior fornecedor global da produção de milho, de acordo com projeções oficiais divulgadas esta quinta-feira.

Os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que o Brasil colheu cerca de 154,6 milhões de toneladas de soja na última colheita (2022-2023), produção recorde e 23,1% superior à do ano anterior.

O crescimento da produção permitirá ao país aumentar as suas exportações em 21,5%, passando de 78,7 milhões de toneladas na colheita 2021-2022 para 95,6 milhões de toneladas na última, o que o confirmará como o maior fornecedor mundial desta oleaginosa.

Ainda de acordo com o órgão ligado ao Ministério da Agricultura, entre janeiro e julho o Brasil já exportou 72,5 milhões de toneladas de soja, um recorde para o período.

“O aumento no volume exportado deveu-se à maior procura da China. Segundo a alfândega chinesa, o país asiático importou 62,3 milhões de toneladas de soja entre janeiro e julho, volume 15% superior ao mesmo período de 2022, dos quais o Brasil participou com 80,93% do total (50,4 milhões de toneladas)”, explicou Leonardo Amazonas, analista da Conab.

Apesar de os preços da soja em julho terem sido inferiores aos do mesmo mês do ano passado, estes cresceram em relação a janeiro devido a problemas climáticos que reduziram a produção prevista para os Estados Unidos este ano para 114,45 milhões de toneladas, o seu nível mais baixo em três anos, segundo Leonardo Amazonas.

Quanto ao milho, a agência também prevê que o Brasil alcance uma produção recorde e exportações históricas.

Segundo as projeções da Conab, o Brasil colheu um recorde de 130 milhões de toneladas de milho na temporada 2022-2023, com um aumento de 14,88% em relação ao período anterior (2021-2022).

Este incremento permitiu aumentar as suas exportações em 7,23%, passando de 46,6 milhões de toneladas na colheita 2021-2022 para 50 milhões de toneladas no período 2022-2023.

Este volume recorde, impulsionado pela colheita farta e pela decisão dos produtores de aumentar os embarques dos portos do norte do Brasil, que não eram utilizados, permitiu ao país ultrapassar pela primeira vez os Estados Unidos como maior exportador mundial de milho.

A participação do Brasil no mercado mundial de milho aumentou apesar da previsão de produção dos Estados Unidos neste ano atingir 383,8 milhões de toneladas, a segunda maior da sua história.

“Apesar da incerteza em relação ao milho ucraniano, as grandes ofertas dos Estados Unidos e do Brasil garantem o abastecimento mundial e têm impedido um novo aumento de preços”, segundo a Conab.

Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal