A Câmara Municipal de Lisboa anunciou esta quarta-feira o novo programa Lisboa, Cultura e Media, dedicado à cultura e aos media.
A conferência realizou-se no salão nobre dos Paços do Concelho e contou com a presença de Carlos Moedas, presidente da CML, e Gonçalo Reis, administrador não executivo da Egeac.
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“É uma importância para a cidade e para o país salvaguardar os jornalistas porque temos de salvaguardar a nossa democracia e liberdade. Nós vivemos um momento muito difícil, um momento muito digital que veio transformar aquilo que o jornalismo representa”, disse Carlos Moedas durante a conferência de imprensa.
O novo programa – Lisboa, Cultura e Media – vai atribuir 200 mil euros a 20 projetos vencedores (10 mil euros cada) para incentivar a criação e o desenvolvimento de conteúdos na área da cultura. E inclui duas modalidades: uma dedicada aos conteúdos jornalísticos com publicação num Órgão de Comunicação Social e outra para conteúdos em plataformas digitais, incluindo nas redes sociais.
“Estes 10 mil euros são para investir no jornalista, para pagar aquilo que é o seu trabalho, para que possam ir a fundo nos temas e não ficarem pela rama porque a pressão diária nas redacções. Eu não conheço um jornalista que não quisesse aprofundar o assunto. Ele não tem nem o tempo, nem os recursos para o fazer”, acrescentou o autarca.
Apesar da primeira modalidade ser dedicada a pessoas com carteira profissional de jornalista, a segunda está aberta a projetos de cidadãos com idade igual ou superior a 18 anos, nacionais ou estrangeiras, residentes em Portugal.
“Seja no TikTok, no Instagram, temos que investir na qualidade desse conteúdo. O que queremos é que a cultura chegue a todos e com qualidade, que seja diversificado e inclusivo”, explicou o autarca.
As candidaturas estão abertas a partir desta quarta-feira até às 11h59 horas do dia 31 de outubro de 2024 no site da EGEAC. As propostas serão avaliadas por um júri das áreas da comunicação e cultura que irão escolher os 20 vencedores (10 de cada modalidade). O júri é constituído por Miguel Esteves Cardoso, Paula Moura Pinheiro, Pedro Boucherie Mendes e Rosália Amorim.
Carlos Moedas referiu ainda que optou pela escolha deste modelo de programa por não existir interferência política. “Acho que até agora têm havido muitas experiências neste país de apoio, mas que todas elas tinham, de certa forma, um lado de interferência política. Aqui não há interferência política”.
Durante a conferência, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa relembrou ainda os tempos difíceis que a comunicação social atravessa e como é necessário haver “uma movimentação da sociedade, do Governo, das autarquias”.
Os vencedores vão ser anunciados em janeiro de 2025 e a atribuição dos prémios será em março. A segunda edição do Programa Lisboa, Cultura e Media será lançada no primeiro semestre de 2025.
Fonte: diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Leonardo Negrão