O Presidente do Equador, o conservador Guillermo Lasso, expressou esta quarta-feira consternação pelo homicídio do candidato presidencial Fernando Villavicencio, do Movimento Construye, e prometeu que o crime não ficará impune.
“Indignado e consternado com o assassínio do candidato presidencial Fernando Villavicencio. A minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, asseguro-vos que este crime não ficará impune”, escreveu Lasso nas redes sociais.
O presidente informou ainda que convocou uma reunião do Gabinete de Segurança: “Pedi à presidente do CNE [Conselho Nacional Eleitoral], Diana Atamaint; à Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar; ao presidente do Tribunal Nacional de Justiça, Iván Saquicela; e a outras autoridades do Estado que participem urgentemente nesta reunião para fazer face a este acontecimento que consternou o país”, acrescentou.
“O crime organizado foi muito longe, mas vai-lhe cair todo o peso da lei”, declarou o chefe de Estado, durante cujo mandato explodiu a maior crise de insegurança que o país já viveu, devido à proliferação e às ações violentas grupos associados a máfias internacionais de tráfico de droga, segundo as autoridades.
A facção criminosa “Los Lobos”, uma das maiores do Equador, reivindicou esta quinta-feira a autoria do assassinato, e também ameaçou matar Jan Topić, outro candidato na eleição.
O candidato a Presidente do Equador Fernando Villavicencio foi assassinado esta quarta-feira, baleado por desconhecidos ao sair de um comício, numa ação de campanha na capital, Quito.
Fernando Villavicencio
O ministro do Interior, Juan Zapata, garantiu que o ataque foi realizado por assassinos contratados que também feriram outras pessoas.
Villavicencio, identificado como um crítico do ex-Presidente Rafael Correa (2007-2017), deslocava-se com proteção policial face às ameaças que recebera semanas antes.
A luta contra a criminalidade é uma das principais promessas dos candidatos que aspiram a suceder ao conservador Guillermo Lasso como Presidente nas eleições gerais extraordinárias marcadas para domingo.
Para além de Villavicencio, são candidatos às eleições presidenciais o ambientalista Yaku Pérez, a antiga deputada Luisa González, o especialista em segurança Jan Topic, o ex-vice-Presidente Otto Sonnenholzner, o político Daniel Hervas, o empresário Daniel Noboa e o independente Bolívar Armijos.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito das imagens: Rodrigo Buendia / AFP