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Portugal regista mais de 250 incêndios em dois dias. Proteção Civil faz apelo

Esta terça-feira foi o dia com mais incêndios do ano e o fogo de Arouca é o mais preocupante. O balançou foi feito por Mário Silvestre, comandante nacional de emergência e proteção civil.

O ponto de situação aconteceu em conferência de imprensa iniciada depois das 19h00, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide.

O comandante Mário Silvestre começou por informar que este esta terça-feira é o dia com mais incêndios do ano, até agora.

“Registamos até ao momento 132 ocorrências, ontem tivemos 124. São 256 ocorrências em dois dias”, indicou o responsável da Proteção Civil nacional.

Arouca é o incêndio que mais preocupa

O comandante nacional de emergência e proteção civil afirmou que, pelas 19h00 desta terça-feira, o incêndio de Arouca era o mais grave.

“Arouca é o incêndio com maior preocupação, uma vez que é o incêndio que coloca em risco a povoação de Castelo de Paiva e de Arouca, sendo que para o lado de Nespereira também existe essa possibilidade, mas o vento está a empurrar o fogo para Arouca”, declarou.

Os meios estão a ser posicionados para proteger as populações das chamas.

A combater este incêndio estavam, pelas 19h48, 748 bombeiros, apoiados por 257 viaturas e seis meios aéreos.

Quase 3 mil hectares arderam em Penamacor

Um total de 2.953 hectares foram consumidos pelo incêndio de Penamacor, em Castelo Branco, até às 18h00 desta terça-feira, avança o comandante nacional de emergência e proteção civil.

A situação agravou-se durante a tarde, devido ao vento, mas “está agora a normalizar”, indica Mário Silvestre.

“O combate está a decorrer de forma favorável” e há “boas perspetivas para este incêndio”, que deflagrou na segunda-feira.

Pelas 19h48 o fogo estava a ser combatido por quase 400 operacionais, 130 viaturas e três meios aéreos.

O incêndio que deflagrou esta terça-feira à tarde em Nisa, no Alentejo, foi impulsionado pelo vento e as chamas avançaram a uma velocidade de mil metros por hora, numa fase inicial.

“Prevemos que durante a noite o dispositivo possa dar uma resposta cabal”, afirmou o comandante Mário Silvestre.

Registados 20 feridos ligeiros

Os incêndios dos últimos dias provocaram, até agora, um total de 20 feridos ligeiros, indica o comandante nacional de emergência e proteção civil.
Entre os feridos assistidos estão 14 bombeiros, três civis, dois elementos da empresa de proteção florestal Afocelca e um militar da GNR, informa o comandante nacional de emergência e proteção civil, Mário Silvestre.

“Evitem ao máximo” uso de máquinas agrícolas

Depois de ter alertado para o número elevado de incêndios durante a noite, o comandante nacional de emergência e proteção civil apelou à população para não usar máquinas agrícolas durante a atual situação de risco elevado de fogos.

“Continuamos a ter um número de ocorrências muito significativo, continuamos a ter informação de utilização negligente de maquinaria agrícola e isso tem causado um número de ocorrências significativo. Evitem ao máximo essas práticas agrícolas”, afirmou Mário Silvestre no briefing realizado na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Pelas 19h48, havia sete incêndios considerados significativos. No total, mais de 3.600 operacionais estavam no terreno.

Fonte: www.rr.pt

Crédito da imagem: Estela Silva / Lusa