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Portugal na busca do jogo perfeito e da vitória que pode dar apuramento

Portugal pode apurar-se hoje para a próxima fase da Liga das Nações de futebol. Para isso há dois cenários possíveis: um deles passa por vencer a Escócia (às 19.45, hora Lisboa: às 15h45, hora Brasília) e esperar que a Croácia, segundo classificado do grupo, empate ou saia derrotada da Polónia.

Por outro lado, o empate também pode ser suficiente para a seleção carimbar o passaporte para os quartos de final da prova da UEFA, mas continuará dependente de terceiros e a precisar que os polacos não pontuem.

Roberto Martínez tem historial de qualificações perfeitas para grandes competições – o apuramento para o Euro2024 é um exemplo – e a seleção portuguesa é a única equipa só com vitórias no apuramento, mas o jogo é na Escócia, onde Portugal nunca venceu um jogo oficial (embora tenha ganho dois particulares em solo escocês).

Para inverter esse dado negativo da história da seleção, hoje, na quarta jornada do Grupo A1 da Liga das Nações, a equipa terá de começar por vencer o ambiente do mítico Hampden Park, em Glasgow.

“É um ambiente difícil. Já ganharam ao campeão europeu [Espanha]. Respeitamos muito a Escócia, uma equipa com um jogo muito físico e que precisa de pouco para marcar”, lembrou Martínez, confessando que é preciso “desconfiar” da formação liderada por Steve Clarke, que até colocou Portugal no lote das melhores seleções do Mundo.

E se o primeiro objetivo é sempre vencer, nas palavras do selecionador a meta secundária da seleção “é procurar sempre o jogo perfeito”. E isso por vezes leva a distrações e erros que acabam em golos sofridos, como aconteceu sábado, diante da Polónia (3-1): “Depois de sofrer o golo, mostrámos personalidade ainda maior. Marcar o terceiro foi importante. Perseguir o jogo perfeito é um bom objetivo, mas acho que o nosso desempenho na Polónia foi de alto nível.”

Em Varsóvia, diante da Polónia, Roberto Martínez estreou Renato Veiga (e Samuel Costa), mas isso não significa que o jovem defesa central do Chelsea vá repetir a titularidade ao lado de Rúben Dias ou que Portugal jogue no sistema de dois centrais:

“O Renato mostrou ser um jogador com um futuro incrível e um presente que pode ajudar. Mas temos outros centrais e temos gerido outros jogadores. Contra a Polónia alguns fizeram um esforço físico espetacular e amanhã precisamos de frescura e de arriscar lesões. O Renato Veiga fez o primeiro jogo no onze e aqui trata-se de qualidade, não de quantidade. Gostei muito do que fez, mostrou que há competitividade para esta posição no futuro.”

Questionado sobre o desempenho de Cristiano Ronaldo, o técnico defendeu que a idade não conta para o capitão português.

“O Cristiano não trabalha nem joga como um jogador de 39 anos. Tem estado muito bem. Não tenho dúvidas que o Cristiano possa estar envolvido neste encontro, depois de ter jogado 60 minutos no primeiro”, respondeu o técnico, justificando a convocatória de 26 com a necessidade de gerir o desgaste de dois jogos fora.

Com pouco tempo de intervalo (72 horas) desde a vitória em Varsóvia (3-1), Roberto Martínez assumiu que vai fazer alterações para a equipa ter “energia” e “frescura”.

Vitinha pronto para o onze

Vitinha está entre os candidatos mais fortes a um lugar no onze, hoje, frente à Escócia. Sem jogar pela seleção nacional desde 5 de setembro, altura em que saiu lesionado já nos instantes finais do Portugal-Croácia, o médio do Paris SG assumiu as saudades do meio-campo das quinas, reconhecendo que fica “insatisfeito” quando fica afastado das opções de Roberto Martínez.

“É o que me faz mais confusão ainda nesta idade, estar de fora. Quero sempre ajudar e estar disponível no clube e na seleção. Afetou-me um pouco estar fora quando queremos estar dentro. Mas no que toca a entrar em campo, tenho muita vontade de estar lá, de ajudar e jogar”, disse ontem Vitinha na antevisão do jogo com a Escócia, em que considera que será preciso usar toda a capacidade da seleção para vencer o adversário a quem reconhece “força, inteligência, técnica, velocidade e jogadores muito completos.”

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Rodrigo Antunes / Lusa