O Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, assinalou em Bragança o primeiro passo para a linha de alta velocidade entre o Porto, Vila Real, Bragança e a fronteira com Espanha, com possibilidade de ligação a Sanábria/Zamora.
Trata-se de um Acordo de Colaboração entre a Infraestruturas de Portugal (IP), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-NORTE) e a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), com o objetivo de desenvolver os estudos de viabilidade para a eventual construção de uma nova ligação ferroviária.
Esse acordo foi assinado esta quarta-feria (23) e “concretiza uma das prioridades estabelecidas para o investimento ferroviário do XXV Governo, enquadrada no Plano Ferroviário Nacional (RCM n.º 77/2025), aprovado em abril, e insere-se também nos compromissos de cooperação transfronteiriça assumidos na Cimeira Luso-Espanhola realizada em outubro de 2024”, refere o Ministério.
É uma “colaboração institucional focada no desenvolvimento do território e na preparação de uma decisão informada que suporte o investimento em infraestrutura ferroviária. A ferrovia projetada tem potencial para aproximar pessoas, reduzir emissões, gerar valor económico e contribuir para a justiça territorial, representando o primeiro passo para ligar Trás-os-Montes ao resto do país e à Europa, com um foco claro em sustentabilidade, visão de longo prazo e integração e coesão territorial”, acrescenta.
Este projeto visa estudar a viabilidade de uma infraestrutura ferroviária pesada, apta a serviço de passageiros ou tráfego misto, com traçado a definir entre os corredores possíveis, e características técnicas compatíveis com um sistema de alta capacidade.
A linha poderá desempenhar um papel relevante no reforço da acessibilidade da região de Trás-os-Montes, no contexto da coesão territorial e do cumprimento dos objetivos de descarbonização do setor dos transportes, que representa cerca de 28% das emissões nacionais de gases com efeito de estufa.
Para Miguel Pinto Luz “é decisiva a experiência de quem está mais próximo dos territórios na construção das respostas: Há aqui uma relação simbiótica que queremos cada vez mais alimentar, concretizando a descentralização, acreditando naqueles que estão mais próximos dos territórios e das populações, com mais conhecimento epidérmico económico e social com vista à concretização das melhores políticas públicas”.
Linha de Trás-os-Montes – Plano Ferroviário Nacional (PFN)
Proposta LAVTM – Associação Vale d’Ouro
Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal