“Não podemos deixar crescer sentimentos de insegurança, fenómenos criminais graves”, diz o primeiro-ministro.
“Queremos junto da população portuguesa dizer que sendo um país seguro não podemos deixar crescer sentimentos de insegurança, fenómenos criminais graves”, declarou o primeiro-ministro.
“Temos de tudo fazer para melhorar aquilo que tem sido o desempenho na matéria de salvaguarda das pessoas, de salvaguarda das liberdades individuais de cada cidadão”, frisou.
Montenegro terminou falando na importância de Portugal ser um país que “cria mais riqueza e que por isso pode pagar melhores salários” e, assim, “garantir mais igualdade de oportunidades para todos os cidadãos”.
“Todos os membros do Governo têm a minha confiança plena”
Montenegro mantém confiança política na ministra da Administração Interna. Margarida Blasco. “Com certeza que todos os membros do Governo têm a minha confiança plena para o exercício das suas funções”, disse.
Acrescentou que a ministra da Administração Interna e da justiça estão a “fazer um trabalho excecional” em relação aos “desafios que temos pela frente”.
Conferência de imprensa para “tranquilizar o país”
Montenegro disse que a conferência de imprensa visa dar nota do trabalho e das decisões do Governo e como estão a ser implementada, e “por via disso tranquilizar o país”.
Voltou a repetir que “Portugal é um dos países mais seguros do mundo”. “Mas é preciso não viver à sombra da bananeira” e realizar ações para garantir ainda mais condições de segurança e “também menos perceção de que a segurança possa estar em causa”, sublinhou.
“É nossa obrigação dar nota ao país daquilo que está a ser feito”, diz PM
Falando na reunião com as ministras da Administração Interna e da Justiça e com os chefes das polícias, bem como da conferência de imprensa, Montenegro rejeita que se possa passar um sentimento de alarmismo na sociedade. “Pelo contrário”, disse, referindo que o encontro serviu para se fazer um ponto de situação.
“É nossa obrigação dar nota ao país daquilo que está a ser feito” e dos objetivos do Governo de maior policiamento, de maior presença no terreno de todas as forças policiais, afirmou.
“Não deixamos ninguém para trás”, assegura Montenegro
“Não deixamos ninguém para trás”, comprometeu-se o primeiro-ministro. “Olhamos para uma realidade transversal, sabendo que todos os contextos devem ser atendidos”, acrescentou.
“Estamos empenhadíssimos em poder servir o país como um todo e também estas zonas”, disse Montenegro, referindo-se que aos bairros onde ocorreram os distúrbios.
PM: “Não teremos nenhum problema em estar no terreno quando tivermos de estar no terreno”
Questionado sobre a visita de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República,ao bairro da Cova da Moura, Montenegro afirmou: “Estamos no terreno todos os dias e visitamos todas as áreas de intervenção da nossa atividade”.
“Estamos a dar resposta aos problemas sociais e económicos do país desde o primeiro dia”, assegurou. “Não estamos indiferentes às circunstâncias em que determinadas zonas urbanos enfrentam desafios de integração, de promoção de igualdade de oportunidades, de acesso a bens fundamentais, de saúde, de habitação”, acrescentou.
Referindo-se aos bairros onde decorreram distúrbios, Montenegro disse que o Governo reuniu com os presidentes das câmaras municipais das zonas afetadas e com as associações representativas dos moradores.
“Não teremos nenhum problema em estar no terreno quando tivermos de estar no terreno, mas estamos junto das pessoas”, disse, referindo-se ainda ao encontro que teve hoje com o presidente da República de Cabo Verde, com o qual falou sobre os incidentes recentes, nomeadamente à morte de um cidadão cabo-verdiano no bairro do Zambujal.
O primeiro-ministro disse ainda que estão em curso diligências investigatórias referentes aos tumultos na Grande Lisboa, após a morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP na Cova da Moura, Amadora. Nomeadamente sobre os incêndios na via pública de veículos, equipamento urbano e sobre o incêndio no autocarro que feriu gravemente um motorista.
“Quero registar a celeridade a cooperação das forças do terreno que têm conduzido à identificação de eventuais suspeitos”, disse Montenegro.
“Portugal é um país seguro, é mesmo um dos países mais seguros do Mundo. Mas este contexto não é um contexto que seja adquirido de forma permanente”, frisou o PM.
Ainda assim, “não significa que devamos fechar os olhos a algumas circunstâncias que contribuem, como foi o caso dos incidentes da Área Metropilitana de Lisboa, para a insegurança”, afirmou.
Revelou que amanhã, durante o Conselho de Ministros, irá apresentar uma “autorização de despesa de mais de 20 milhões de euros para aquisição de mais de 600 veículos para a PSP e GNR”.
Montenegro agradeceu “o trabalho e a competência” das ministras da Administração Interna e da Justiça, dando “nota pública da confiança e da valorização da competência” das forças de segurança.
“Desmanteladas duas redes de imigração ilegal e de tráfico de pessoas”, revela Montenegro
“No ãmbito do sistema de seguranlça interna tem vinmdo a ser planeada e executada uma campanha integrada, com um conjunto de operações, designada Portugal sempre seguro, que decorre desde o dia 4 de novembro”, começou por dizer o primeiro-ministro, dando uma “palavra de agadecimento” à cooperação interinstitucional e ao fiuncionalmento das equipas nas operaçõs
“Mais de 170 operações, que envolveram mais de quatro mil efetivos, tendo sido fiscalizadas mais de sete mil pessoas e mais de 10 mil veículos automóveis”, afirmou Luís Montenegro, referindo ainda mais de dois mil autos de contraordenação, diversas apreensões e “desmanteladas duas redes criminosas no âmbito da imigração ilegal e do tráfico de pessoas”.
Montenegro fala ao país de segurança interna após reunião com ministras e diretores das Polícias
O primeiro-ministro Luís Montenegro vai falar hoje ao país a partir das 20.00, confirmou fonte do Governo ao DN. O PM irá falar após uma reunião em São Bento, agendada para as 19.00, com a ministra da Justiça, da Administraçao Interna e os diretores da PJ, PSP, GNR e o secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna (SSI).
Após a declaração ao país, Luís Montenegro estará disponível para responder a perguntas sobre a questão de “segurança interna”. Isto no dia em que a PJ deu cumprimento a vários mandados de busca envolvendo “vários suspeitos” do incêndio num autocarro em Santo António dos Cavaleiros que em outubro feriu gravemente o motorista.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Leonardo Negrão