A inauguração da 66ª edição do concurso internacional World Press Photo teve lugar na última quinta-feira, no município Oeiras, que acolhe as fotografias vencedoras do concurso de fotojornalismo pelo terceiro ano consecutivo.
Das mais de 60 mil imagens inscritas, propostas por 3.752 participantes, de 127 países, foram distinguidas 24 na edição de 2023.
“Os trabalhos vencedores do World Press Photo 2023 chamam a atenção para algumas das questões mais prementes que o mundo enfrenta hoje, desde a documentação da guerra na Ucrânia, dos protestos históricos no Irão, às realidades no Afeganistão controlado pelos Talibãs, às muitas faces da crise climática, que vão de Marrocos à Austrália, do Peru ao Cazaquistão”, salienta a organização.
A par dos vencedores, foram assinaladas seis menções honrosas que distinguiram 30 fotógrafos de 23 países – África do Sul, Alemanha, Argentina, Arménia, Austrália, Bélgica, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, Equador, Egito, Filipinas, França, Grécia, Irão, Itália, Marrocos, México, Myanmar, Peru, Ucrânia, Venezuela – que assim poderão dar a conhecer o seu trabalho em diversos pontos do mundo na exposição itinerante que estará, de 21 de dezembro a 20 de janeiro, em Portugal.
Um júri independente, formado por 31 membros de todo o mundo, escolheu os 24 vencedores de cada lista de finalistas regionais, bem como os vencedores gerais de cada categoria, sendo que cada um remete para questões que marcam a atualidade e que têm particular relevo para as sociedades de hoje, como o impacto da guerra na sociedade civil, a crise climática, as migrações e refugiados, entre muitos outros temas, mas todos com repercussões além-fronteiras e consequências à escala global.
Dos 24 vencedores regionais, o júri selecionou quatro vencedores globais para: Fotografia do Ano da World Press Photo, História do Ano da World Press Photo, Projeto de Longo Prazo da World Press Photo e o Formato Aberto da World Press Photo.
– Mariupol Maternity Hospital Airstrike, de Evgeniy Maloletka, para Associated Press, ganhou na categoria Fotografia do Ano;
– The Price of Peace in Afghanistan, de Mads Nissen, para Politiken/Panos Pictures, foi a vencedora na categoria de História do Ano;
– Battered Waters, de Anush Babajanyan, para VII Photo/National Geographic Society, venceu o Projeto de Longo Prazo;
– Here, The Doors Don’t Know Me, de Mohamed Mahdy, recebeu o prémio na categoria de Formato Aberto.
Nas tardes de sábados, decorrem paralelamente à exposição três workshops de fotografia, orientados por fotógrafos e fotojornalistas de renome e dirigidos ao público em geral. As inscrições devem ser feitas através de ficha inscrição e presencialmente, no próprio dia, no Templo da Poesia, uma hora antes do início do workshop. A participação está limitada à capacidade da sala onde a iniciativa se vai realizar.
No dia 6 de janeiro decorre a primeira sessão, “Fotografia de retrato”, com Arlindo Camacho, fotógrafo e colaborador da VISÃO e PRIMA; no dia 13 de janeiro, tem lugar a sessão “Fotografia de viagem – África de bicicleta”, com Daniel Rodrigues, fotógrafo premiado na World Press Photo em 2015; e a última sessão, no dia 20 de janeiro, terá como tema “A mulher na fotografia”, com Lucília Monteiro, repórter fotográfica da VISÃO.
As fotografias vencedoras da 66ª edição da World Press Photo vão estar expostas na Alameda do Parque dos Poetas até ao dia 20 de janeiro, e podem ser vistas de segunda a domingo, das 10h00 às 20h00. A entrada é gratuita.
Fonte: O Jornal Económico / Portugal
Crédito da imagem: Anush Babajanyan