O Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quarta-feira a composição da próxima Comissão Europeia de Ursula von der Leyen, com 370 votos favoráveis, 282 contra e 36 abstenções.
A derradeira votação dos eurodeputados realizou-se durante o plenário de Estrasburgo, em França. No final da votação, a nova Comissão Europeia foi aplaudida por uma parte do hemiciclo. A presidente da Comissão Europeia e a presidente do PE, Roberta Metsola, abraçaram-se.
A aprovação surgiu após o escrutínio dos europarlamentares (incluindo audições a cada um dos comissários indigitados) e de intensas negociações nas últimas semanas entre os grupos de centro-direita, socialistas e liberais para um acordo político sobre os sete nomes que estavam pendentes de um total de 26, alcançado há uma semana.
Ursula von der Leyen foi reeleita em julho no cargo de presidente da Comissão Europeia, que desempenhará novamente a partir de 01 de dezembro num segundo mandato de cinco anos.
O seu próximo executivo comunitário é composto por 11 mulheres entre 27 nomes (uma quota de 40% de mulheres e de 60% de homens), uma das quais a comissária indigitada por Portugal e antiga ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que vai ocupar a pasta dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos.
Num contexto de tensões geopolíticas (devido à guerra da Ucrânia causa pela invasão russa e de conflitos no Médio Oriente), de concorrência face aos Estados Unidos e China e de transição política norte-americana, Von der Leyen quer, nos próximos cinco anos, apostar na competitividade económica comunitária.
Estima-se que a UE tenha de investir 800 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 4% do PIB, para colmatar falhas no investimento e atrasos em termos industriais, tecnológicos e de defesa em comparação a Washington e Pequim.
Só a aposta em defesa, impulsionada pela guerra da Ucrânia causada pela invasão russa e pelas recentes tensões geopolíticas, vai ter de ser suportada por necessidades de investimento na ordem dos 500 mil milhões de euros na próxima década.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
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