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OCDE corta crescimento da zona euro para 0,6% este ano

A OCDE reviu em baixa o crescimento da zona euro para este ano e para o próximo, cortando ainda boa parte das projeções para as principais economias do bloco e prevendo mesmo uma recessão na Alemanha em 2023.

A política monetária é a principal responsável desta evolução, embora também esteja a ter um impacto do lado da inflação que os governos nacionais e o Banco Central Europeu (BCE) receberão com agrado.

A organização projeta agora um crescimento de 0,6% este ano, menos 0,3 pontos percentuais (p.p.) do que na atualização de junho, e de 1,1% no próximo, ou seja, um corte de 0,4 p.p..

A grande responsável é a Alemanha, que entrará em recessão este ano, recuando 0,2% antes de crescer 0,9% no próximo ano.

Para este ano, Itália acompanha a economia germânica no corte de previsões, vendo uma revisão em baixa de 0,4 p.p. para 0,8%. J

á Espanha e França até viram o seu outlook melhorar 0,2 p.p. em ambos os casos, esperando-se agora que avancem 2,3% e 1,0%, respetivamente.

A política monetária tem pesado sobre a atividade na moeda única, mas os efeitos do lado da inflação justificam a manutenção de uma postura restritiva, pede a OCDE.

A inflação continua a pressionar bastante o rendimento disponível nos países da zona euro, embora se veja recuos que permitem cortes nas previsões para este ano e o próximo.

A organização vê agora a inflação no bloco europeu a chegar a 5,5% este ano, menos 0,3 p.p. do que havia projetado em junho.

Por país, as quatro principais economias viram cortes na projeção para este ano, sendo que para 2024 só a Alemanha não observa uma revisão em baixa da previsão de variação do índice de preços no consumidor.

Este cenário é transversal ao indicador subjacente, que teve uma revisão em baixa de 0,3 p.p. para 5,1% este ano, recuando para 3,1% em 2024, ou seja, menos 0,5 p.p. do que anteriormente previsto.

Do lado orçamental, os governos têm de se preparar para fases de gastos públicos acrescidos, pressionados por populações cada vez mais envelhecidas e para a necessidade de grandes investimentos numa fase de transições estruturais das economias europeias.

Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal