A Mostra de Fotografia de Arroios (MFA), que começou na última semana em Lisboa e prolongar-se-á até à primeira quinzena de setembro, reúne obras de fotógrafos documentais e fotojornalistas nacionais e estrangeiros em nove exposições, coletivas e individuais, que abordam questões sociais e ambientais.
De acordo com a organização da MFA, que junta as associações CC11 e Largo Residências, o hangar, “espaço icónico” do antigo quartel, acolhe uma exposição coletiva sob o tema “Casa“, que surgiu de “um repto lançado à comunidade nacional de fotógrafos”, “num tempo em que a habitação é o centro das preocupações de muitos portugueses”.
As outras exposições, duas coletivas e seis individuais, estarão patentes nos espaços interiores e exteriores do antigo quartel da GNR do Largo Cabeço da Bola.
Na mostra “Diakuyu” (“obrigado”, em ucraniano) 12 fotojornalistas portugueses retratam “a ocupação brutal de um país, cuja população resiste, em nome da humanidade”, e em “Kioskzine, 11 fotógrafos” onze fotógrafos abrem as portas do seu arquivo pessoal.
“Terra“, de Ana Brígida, é “um regresso ao interior do país”, “Aqui um Homem Matou uma Mulher“, de José Carlos Carvalho, mostra “o lugar e histórias de mulheres assassinadas, vítimas de violência doméstica”, em “A Evolução é Silenciosa“, de Luísa Ferreira, foi registada “a beleza encontrada na evolução e decadência dos objetos e dos espaços”, “Verão Negro“, de Patrícia de Melo Moreira, mostra “as florestas portuguesas, ciclicamente destruídas todos os verões”, “Animais de Estimação“, de Valter Vinagre, revela “uma intrigante coleção de animais empalhados em ambiente doméstico”, e “Águas Quentes“, de Vlad Sokhin, aborda “a subida das águas no planeta, devido às alterações climáticas”.
Além das nove exposições, a MFA inclui “uma programação especial para as quintas, sextas e fins de semana”, com “atividades gratuitas e abertas ao público”.
Essa programação inclui visitas comentadas às exposições, a projeção de ‘slideshows’ de autores emergentes e consagrados, a exibição de documentários “sobre temas da atualidade e grandes nomes da fotografia internacional”, a apresentação de livros e revistas, com a presença de autores e editores e conferências e debates, “que abordam temas da fotografia e do jornalismo”.
Além disso, aos fins de semana, será possível visitar-se o Mercado do Autor, onde haverá “uma vasta seleção de livros e fotografias” e oficinas “em várias áreas da fotografia e processos fotográficos”.
A organização realça que estas atividades são feitas em parceria com entidades “que têm contribuído para o reconhecimento do melhor que se faz nas áreas da fotografia e do vídeo-documentário em Portugal”: Galeria Santa Maria Maior, Atelier Pop-Up, Imago Photo Festival, Kyoskzine, Narrativa, XYZ Books e Midas Filmes.
A MFA, cuja programação completa está disponível nas contas da associação CC11 nas redes sociais Instagram e Facebook, acontece até 15 de setembro.
Depois, “a fotografia como uma arma de reflexão vai chegar ao Algarve”.
“A MFA – Mostra de Fotografia do Algarve vai replicar esta aventura com as mesmas exposições no edifício histórico da Antiga Fábrica de Cerveja de Faro, entre os dias 21 de outubro e 25 de novembro”, refere a organização.
Esta “extensão a sul” da mostra resulta de uma parceria entre a CC11, a Câmara Municipal de Faro e a ETIC Algarve.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Paulo Alexandrino