O governo português calcula que o atendimento nas secções consulares só será normalizado dentro de, pelo menos, um ano, depois de implementadas todas as medidas que permitam agilizar agendamentos, atualmente com demoras de até dois anos.
“Sinceramente, espero que, dentro de um ano a um ano e meio, consigamos ter uma situação muito diferente da que temos hoje. Provavelmente, ainda não teremos todos os problemas resolvidos, mas, pelo menos, os agendamentos nas secções consulares podem estar normalizados nesse prazo”, aponta o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.
Quanto à normalização dos processos que não dependem do ministério dos Negócios Estrangeiros, José Cesário diz: “Não posso comprometer-me com um prazo porque as coisas não dependem só de mim. Há uma área do atendimento consular, quanto aos processos despachados, que depende do ministério da Justiça, sobretudo os processos de inscrição de nacionalidade, o modo como são despachados no Instituto de Registo de Notariado. Trabalharemos nessa área”, afirmou o secretário.
Quanto aos procedimentos tendentes à normalização do atendimento, José Cesário listou alguns em andamento como a substituição dos computadores de todos os funcionários, a modernização dos equipamentos de leitura eletrónica de dados biométricos, muitos dos quais atualmente avariados, e a contratação de mais de 80 funcionários a serem admitidos nos postos consulares com mais maiores problemas, entre as quais a de Buenos Aires, na Argentina, que ganhará um reforço, passando a quatro funcionários.
No ano passado, o posto na capital argentina foi alvo de protestos por parte de cidadãos portugueses que acumulavam anos sem conseguirem agendar um atendimento. Em alguns casos, a espera passava dos três anos.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
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