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No Alentejo, desacelerar a mente junto ao rio

Não é um hotel. Não é um hostel. Não é uma casa de hóspedes. Nem uma casa de surf. É assim que se apresenta o Mute, que abriu as portas da sua segunda casa em Vila Nova de Milfontes, três anos depois da abertura original ligeiramente mais a norte, em Porto Covo.

“Temos de facto alguma dificuldade em definir aquilo que somos. É mais fácil ir pelo que não somos”, assume Francisco Castelo Branco, um dos quatro sócios. Mas, no fundo, é de tudo isto que se trata quando se fala deste projeto (apesar de legalmente esteja registado como hostel): dormida, comida e aquilo que designam como descanso ativo.

Este é o conceito base do Mute: desacelerar a mente, mas não o corpo, tendo a arquitetura e o design sido orientados para momentos em comunidade, de partilha.

O espiríto da casa é aquele que liga a comunidade do surf, modalidade que, além do Mute, junta os quatro amigos de infância. Tiago Teotónio Pereira é conhecido das novelas, mas tinha em comum com Francisco e Thomas Teixeira da Mota e Lourenço Pestana o sonho de abrirem um negocio relacionado com o surf.

Assim nasceu o Mute de Porto Côvo, que oferece o conceito de “lifestyle relaxado, despreocupado mas muito ativo”. “É um sítio onde as pessoas vão para desligar do dia-a-dia, descansar a mente enquanto se mantêm ativas”, explica Francisco.

Um espaço que vai ao encontro às expetativas dos praticantes de surf ou dos caminhantes que percorrem os trilhos da Rota Vicentina.

A ambição de expandir a marca sempre existiu. Queriam continuar na Costa Vicentina e sendo Vila Nova de Milfontes um destino de férias e de escapadinhas de fim-de-semana de todos não hesitaram assim que surgiu aquele que consideraram o espaço ideal e abriram o segundo Mute.

“Para não perder a época alta fizemos uma intervenção mínima no espaço. Depois do verão, faremos uma mais à séria para adaptar ainda mais o espaço à marca”.

O novo espaço situa-se a cinco minutos a pé da Praia da Franquia, a mais próxima do centro urbano, junto à foz do rio Mira e por isso com águas calmas, ideais para a práticas de desportos náuticos.

A vista para a praia – quer do rooftop quer do páteo – é magnífica, a decoração simples e minimalista com muitos apontamentos que lembram – como se fosse necessário – que se está junto ao mar. E há um jacuzzi para relaxar.

A experiência será muito semelhante à que é possível viver em Porto Covo, com quartos duplo com wc privado e quartos partilhados com wc também partilhada e com grande ênfase para as zonas comuns, nomeadamente a sala de estar e a sala de cinema.

O restaurante do novo Mute está a cargo do restaurante Porto das Barcas, “uma referência na zona e em toda a costa vicentina”, lembra Francisco. Mas a carta será mais simples e adequada ao poder de compra dos clientes.

E visto que os quatro sócios são “todos jovens, ambiciosos e motivados”, como assume Francisco, o sonho é continuar a explorar a Costa Vicentina” ou até outras zonas do país e expandir mais a marca. “Mas sempre com os pés bem assentes na terra, aos poucos e com calma. Até porque, lembra, os Mute não são a atividade profissional principal de nenhum deles.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Salvador Colaço