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Não há São João como este e as ruas da cidade animaram-se pela noite dentro no Porto

Céu limpo, lua cheia, um fogo de artifício de 16 minutos a ligar as duas margens, sardinha assada a rodos, milhares de balões no ar, espetáculos para todos os gostos. A cidade do Porto  viveu a sua festa maior, em sã convivência, até o sol raiar.

O dia tinha sido quente, propício a sair à rua e festejar com milhares de pessoas. Mais uma vez, e como sempre, os portuenses, de todas as idades, e milhares de visitantes (turistas e habitantes de outros concelhos) marcaram presença nas ruas, deram azo à alegria espontânea, de martelo ou, cada vez menos, alho porro na mão.

Em total segurança puderam circular um pouco por toda a cidade na procura de um sítio para comer umas sardinhas, dar um pé de dança, lançar balões e ver o fogo de artifício.

Este ano, o Porto teve também o privilégio de receber as três maiores figuras do Estado. A convite do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, Presidente da República, presidente da Assembleia da República e primeiro-ministro puderam sentir toda a vibração sanjoanina.

Como manda o protocolo, Luís Montenegro foi o primeiro a chegar à Casa do Roseiral. Já cá tinha estado, enquanto líder da oposição, agora, e pela primeira-vez, na qualidade de primeiro-ministro. Para lá das questões políticas de momento, o chefe do Governo deixava um desejo: “o que interessa é desfrutar da noite e da festa popular, em total segurança”.

Depois de Luís Montenegro chegou o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, que, desejando um bom São João, rejeitou falar antes do Presidente da República.

Presidente da República repete presença pela terceira vez

Poucos minutos depois, Marcelo Rebelo de Sousa entrou pela Casa do Roseiral, acompanhado de Montenegro, José Pedro Aguiar Branco e Rui Moreira, para celebrar, pela terceira vez consecutiva, o São João na cidade.

“Não posso abusar senão em Braga não perdoam. Com essa ressalva, com a pressão do presidente da Assembleia da República, com a presença do primeiro-ministro, que acabo de descobrir que nasceu no Porto, isto vai ser muito difícil”, confessou o chefe de Estado.

“Depois, com um anfitrião ideal (referindo-se ao presidente da Câmara do Porto), o que se pode dizer!”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

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As três maiores figuras de Estado assistiram também ao tradicional fogo de artifício, este ano lançado junto à Alfândega e também da ponte Luís I.

O espetáculo, sob o rio Douro, com uma duração de 16 minutos, esteve em risco de não acontecer devido às marés. Teve de ser reajustado, numa colaboração estreita entre a Câmara Municipal do Porto e a capitania e administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

“Esta é uma noite muito especial. Não chove, não há vento, há lua cheia. As condições meteorológicas foram únicas. Não me lembro de uma situação assim”, confessou Marcelo Rebelo de Sousa, depois do espetáculo pirotécnico, deixando uma garantia: “para o ano, cá estarei de novo”.

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Festa… até de manhã

Para além do fogo de artifício, a festa prosseguiu com bailaricos de todo o género – particulares, de instituições recreativas, juntas ou uniões de freguesia, com enfoque, sobretudo, em três palcos instalados em outros tantos pontos distintos da cidade.

Nos Jardins do Palácio de Cristal, a figura de destaque foi Ana Moura. A cantora fez uma viagem pela “Casa Guilhermina”, o seu último álbum. Após as doze badaladas, a energia da intérprete deu lugar à boa disposição da Orquestra Bamba Social, numa noite que terminou em ritmos brasileiros.

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Junto ao Jardim da Cordoaria, no Largo do Amor de Perdição, o bailarico fez-se com a atuação de Fernando Correia Marques, prosseguindo, depois, com os sons minhotos de Augusto Canário & Amigos. A festa neste palco continuou pela noite fora, com o MC Abreus & DJ Arthur.

Já na Casa da Música, a animação esteve a cargo de José Pinhal Post-Mortem Experience, Hipster Pimba e Pop’lar.

A noite foi longa, para muitos… até de manhã.

Fonte e crédito das imagens: www.porto.pt