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Museu de Arte Contemporânea Armando Martins em Lisboa abre no próximo ano

O Museu de Arte Contemporânea Armando Martins (MACAM), em Lisboa, que deveria ter sido inaugurado em 2021, vai abrir no primeiro semestre do próximo ano, anunciou a gestão daquele espaço.

“O MACAM – Museu de Arte Contemporânea Armando Martins é um novo projecto cultural, totalmente privado, dedicado à arte moderna e contemporânea, que vai inaugurar em Lisboa no primeiro semestre de 2024. Esta é uma iniciativa inédita que, pela primeira vez em Portugal e na Europa, integra no espaço de um museu um hotel de 5 estrelas”, lê-se no site oficial do museu.

“Sob a direcção de Adelaide Ginga (ex-curadora do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado), o MACAM irá dar a conhecer o seu património único: a colecção de arte moderna e contemporânea de Armando Martins, reunida ao longo dos últimos 50 anos e em constante actualização. O novo museu irá também mostrar outras colecções de arte privadas de todo o mundo, desconhecidas do grande público”, acrescentam.

A notícia da nova data de abertura foi avançada pelo jornal online Observador, a quem o departamento de comunicação do museu justificou o atraso na inauguração com constrangimentos ditados pela pandemia da covid-19 e agravados pela guerra na Ucrânia, bem como com a complexidade do projecto de reabilitação e adaptação do edifício que irá acolher o MACAM.

O projecto do coleccionador e empresário do Grupo Fibeira, com actividade na promoção imobiliária, hotelaria e serviços, irá ocupar o Palácio Dos Condes da Ribeira Grande, na Rua da Junqueira, onde funcionou o Liceu Rainha Dona Amélia.

A colecção de Armando Martins reúne obras de artistas portugueses e estrangeiros como Paula Rego, Maria Helena Vieira da Silva, José Malhoa, Amadeo Souza-Cardoso, Almada Negreiros, Eduardo Viana, Pedro Cabrita Reis, Julião Sarmento, Rui Chafes, José Pedro Croft, Lourdes Castro, entre outros, indicou a curadora e futura directora do novo museu.

Quanto a artistas estrangeiros, estão representados na colecção Gilberto Zorio, John Baldessari, Albert Oehlen, Olafur Eliasson, Marina Abramovic, Antoni Tàpies, Antonio Ballester Moreno, Juan Muñoz, Santiago Sierra, Carlos Aires, Pedro Reyes, Carlos Garaicoa, Ernesto Neto, Marepe, Rosângela Rennó, Vik Muniz e Isa Genzken, entre outros.

Algumas das obras já foram cedidas para exposição em espaços museológicos como o Museu Nacional de Soares dos Reis e o Museu de Serralves, no Porto, o Museu Calouste Gulbenkian, o Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia, o Museu Nacional de Arte Contemporânea e o Museu Colecção Berardo, em Lisboa, assim como o Museu Rainha Sofia, em Madrid, entre outras instituições.

A colecção de Armando Martins foi distinguida, em 2018, com um prémio da área do coleccionismo, pela Fundação ARCO de Madrid, em Espanha.

Fonte e crédito da imagem: Jornal Público / Portugal