O primeiro presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Álvaro Monjardino, morreu nesta sexta-feira, na ilha Terceira, aos 93 anos. O óbito do advogado e político foi anunciado pela família e pelo PSD-Açores, do qual foi uma das primeiras figuras, ao lado do ex-presidente do Governo Regional dos Açores, e da Assembleia da República, Mota Amaral.
Nascido a 6 de outubro de 1930, em Angra do Heroísmo, Álvaro Monjardino representou os Açores na Assembleia Nacional, nos últimos anos da ditadura, mas foi após o 25 de abril de 1974 que deixou a sua marca na política açoriana.
Deputado regional do PSD nas três primeiras legislaturas, presidiu à Assembleia Legislativa Regional dos Açores de 1976 a 1984. Também exerceu funções executivas em Lisboa, sendo ministro-adjunto do primeiro-ministro Mota Pinto no IV Governo Constitucional, um dos três de iniciativa presidencial empossados por Ramalho Eanes.
Reagindo à notícia da morte de Álvaro Monjardino, que foi um dos responsáveis pelo processo que conduziu a UNESCO a declarar o centro histórico de Angra do Heroísmo Património da Humanidade, o atual presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, disse que o social-democrata deixou “um importante legado para a afirmação da democracia e autonomia dos Açores”.
Por seu lado, o ex-presidente do Governo Regional dos Açores Carlos César, que foi primeiro socialista a exercer tal cargo, destacou as “qualidades intelectuais, a autonomia e a solidez” das convicções de Álvaro Monjardino, bem como o seu “entendimento político próprio”.
Características que, segundo o atual presidente do PS, “distinguiam-no dos demais e trouxeram-lhe, inclusive, dificuldades no partido a que esteve ligado no início do seu percurso político”.
Fonte e crédito da imagem: Diário de Notícias / Portugal