O brasileiro Pepê ainda colocou o FC Porto em vantagem (35’), mas uma excelente resposta permitiu ao Moreirense empatar seis minutos depois, por Asué (41’), e chegar à vantagem aos 77’, por meio de um penálti marcado por Alanzinho.
E o apuramento para os oitavos de final da Taça de Portugal este domingo estava consumado – o adversário nos oitavos será o Gil Vicente, em Barcelos.
Vítor Bruno, treinador do FC Porto, mudou cinco peças em relação ao jogo com o Benfica (Galeno e Samu começaram no banco) e seria interessante perceber que tipo de resposta iriam dar os dragões neste regresso à competição após a pesada derrota na Luz (4-1).
Ainda para mais quando, além de se tratar de um jogo a eliminar, pela frente iria estar um Moreirense que esta época tem feito da sua casa uma verdadeira fortaleza – com o FC Porto somou o oitavo jogo sem perder em casa e, pelo meio, já tinha provocado um ‘terramoto’ no Benfica, que culminou com a saída de Roger Schmidt.
O FC Porto entrou no jogo a dominar, a ter mais bola, mas, perante um Moreirense muito organizado no seu meio-campo defensivo (e sempre a espreitar a possibilidade de incomodar Cláudio Ramos, titular na baliza portista e capitão de equipa), não conseguia criar jogadas que pudessem levar algum perigo à baliza dos minhotos.
À exceção aconteceu ao minuto 3, quando Namaso, num momento de inspiração, atirou em arco, de pé direito, obrigando Caio Secco a uma grande defesa.
Com os minutos a passar, a equipa de Vítor Bruno começava a revelar alguns sinais de nervosismo, com alguns passes errados pelo meio, enquanto a formação de César Peixoto ganhava confiança, sentia que podia arriscar mais um pouco – cumprida a primeira meia-hora de jogo, no que a lances de perigo diz respeito, ou a algo parecido com isso, depois do lance de Namaso (3’), registo apenas para um remate de Nico González (30’), muito longe do alvo.
Toma lá, dá cá…
O jogo ficou mais animado ao minuto 35, quando um excelente cruzamento de João Mário, do lado direito, mas de pé esquerdo, permite a Pepê cabecear para o 1-0.
O jogo teria obrigatoriamente de mudar, o Moreirense teria de correr atrás do prejuízo. E correu. Ao minuto 41, um ótimo cruzamento da esquerda, de pé esquerdo, de Frimpong, vai direitinho à cabeça de Luís Asué, que cabeceia com grande estilo e empata o jogo a uma bola. Voltava tudo à estaca zero…
Foram precisos apenas alguns segundos da segunda parte para se perceber que o Moreirense ia mesmo atrás do resultado – remate rasteiro de Madson não sai longe do alvo.
O jogo está agora mais disputado e aos 50 minutos é junto da baliza de Caio Secco que se regista algum perigo, após cruzamento de Francisco Moura.
O golo podia aparecer a qualquer altura… e para qualquer um dos lados – aos 55’, Namaso foi egoísta e rematou, com Fábio Vieira melhor colocado, já aos 60’ cabeceamento de Ismael não saiu longe da baliza portista.
O Moreirense continuou a fazer pela vida, agora a lutar claramente pelo resultado (aos 63’ Asué testa atenção de Cláudio Ramos e aos 66’ Madson atira por cima) e, enquanto isso, Vítor Bruno ia às poupanças que tinha no banco para tentar chegar à vitória.
Primeiro entrou Samu (61’), para o lugar do ‘invisível’ Fran Navarro, e, aos 67’, Galeno foi ocupar a vaga de Namaso. Os dragões ainda deram um sinal da sua graça (aos 71’ Galeno finaliza mal cruzamento de Pepê…), até que surge o momento do jogo.
Aos 75 minutos, por indicação do auxiliar, o árbitro Tiago Martins aponta para a marca de penálti, por alegada mão de Francisco Moura. E o Moreirense tinha, agora, ocasião soberana para chegar ao golo e virar o resultado ao seu favor. E foi o que aconteceu, com Alanzinho a atirar rasteiro, a bola ainda bate no poste direito e entra.
Os minhotos souberam depois guardar o ouro e festejaram no fim, enquanto do lado portista a contestação era enorme, com novo e tremendo desaire. O Dragão vive dias muito difíceis…
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Manuel Fernando Araújo