O primeiro-ministro, Luís Montenegro, continua a não entender o motivo da realizaçãod a greve geral, mas disse esta quinta-feira não ter “nenhuma intenção de prejudicar os direitos dos trabalhadores”, na cerimónia de entrega do estatuto PME Excelência 2024, em Guimarães.
A revisão da lei laboral está nas mãos do Governo e Montenegro admitiu envolver-se diretamente na negociação com a UGT, CGTP e outros sindicatos laborais relacionados.
Perante a ameaça de greve geral e a possibilidade de recomeçar as negociações até dia 11 de dezembro – data anunciada no pré-aviso de paralisação –, as mudanças na lei pretendem aumentar a produtividade e o crescimento económico. Montenegro sublinha a necessidade de uma reforma profunda na lei laboral para tornar o país mais competitivo.
“Queremos que a legislação laboral seja suficientemente flexível para estimular o crescimento económico e para favorecer a produtividade dos trabalhos”, anunciou o primeiro-ministro.
Montenegro defende a necessidade de diálogo com entidades trabalhadores e sindicatos, avisando, de imediato, que “é impossível que todos estejam de acordo com tudo”.
Acredita que, “sem dramatismos”, estas alterações podem corrigir os erros do passado e aumentar o crescimento do país em 3%. “É uma boa altura.”
Descer os impostos de rendimento de trabalho, diminuir a burocracia e complexidade das regras sobre os investimentos e criar uma legislação laboral mais atrativa para o investimento que estimule a competitividade para salários são os três pontos em trabalhos, informou.
Fonte: www.rr.pt
Crédito da imagem: José Coelho / Lusa