O Ministério da Saúde confirmou esta segunda-feira, 3 de junho, a realização de uma auditoria administrativa e financeira ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), mas remeteu mais esclarecimentos para a audição parlamentar da ministra na quarta-feira.
“O Ministério da Saúde confirma o pedido de uma auditoria administrativa e financeira ao INEM. Demais esclarecimentos serão dados na Comissão de Saúde, agendada para a próxima quarta-feira”, adiantou à Lusa o gabinete de Ana Paula Martins.
A intenção de o ministério avançar com esta auditoria foi adiantada pelo comentador Luís Marques Mendes no domingo na SIC.
No início de maio, a comissão parlamentar de Saúde aprovou quatro audições sobre as condições financeiras e de funcionamento do INEM, incluindo a da ministra da Saúde, na sequência de requerimentos apresentados pelas bancadas do Chega e do PSD.
A pedido do Chega, os deputados vão ouvir a ministra Ana Paula Martins, enquanto o PSD solicitou as audições dos presidentes do INEM, do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar e do Colégio da Competência em Emergência Médica da Ordem dos Médicos.
O presidente do INEM vai prestar esclarecimentos aos deputados sobre esta matéria na terça-feira, enquanto no dia seguinte, quarta-feira, será a vez de Ana Paula Martins ser ouvida na comissão parlamentar.
O Chega alegou que, de acordo com “informações veiculadas pela imprensa”, o INEM enfrenta uma “grave crise financeira, que compromete a sua capacidade de manter em funcionamento a rede” de ambulâncias e de helicópteros que são acionados nas situações de emergência médica.
A bancada social-democrata justificou o seu pedido de audições com a “inegável degradação dos meios materiais” do INEM, que tem “prejudicado a prestação de socorro de emergência” às populações.
O INEM é o organismo do Ministério da Saúde responsável por coordenar o funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica em Portugal continental.
No final de agosto de 2023, o presidente do INEM, Luís Meira, foi reconduzido no cargo para um novo mandado de cinco anos pelo Ministério da Saúde, mas esta decisão mereceu a contestação das associações de técnicos de emergência médica e de agentes de proteção civil, que têm pedido uma comissão parlamentar de inquérito ao serviço de socorro prestado pelo instituto.
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