Milhares de professores e trabalhadores não docentes de várias zonas do país concentraram-se este sábado, pelas 18 horas, em frente à Assembleia da República, em Lisboa, numa manifestação pela educação, que culminou com “o enterro da escola pública”.
Organizado pelo Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (S.TO.P.), o protesto dos professores e trabalhadores não docentes começou pelas 14 horas junto ao Palácio da Justiça e terminou pelas 19 na Assembleia da República, com a chuva intensa a fazer desmobilizar a maioria dos manifestantes.
Com lenços brancos, velas acesas, cravos vermelhos e pretos e um caixão, os profissionais de educação fizeram “o enterro da escola pública”, após vários meses de luta, em que assinalam o “silêncio brutal” do ministro da Educação, João Costa (PS), nas negociações relativamente às propostas do Stop, mas afirmam: “A luta continua, na escola e na rua”.
Em defesa da escola pública e por melhores condições de trabalho e salariais, esta é a quarta manifestação promovida pelo Stop desde dezembro, quando iniciou também uma greve por tempo indeterminado que ainda se mantém, para exigir melhores condições para todos os profissionais das escolas, como um aumento salarial de 120 euros.
Além de melhores condições de trabalho e salariais para os profissionais das escolas, o S.TO.P. reivindica também a recuperação dos mais de seis anos de tempo de serviço dos professores e o fim das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões da carreira.
Fonte: Jornal de Notícias / Portugal
Crédito das imagens: Sena Goulão / LUSA