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Marcelo começa a ouvir partidos. Miranda Sarmento acredita que PSD está “unido na liderança” de Montenegro

Delegação do PSD já está em Belém

A delegação do PSD já está em Belém para a audição com Marcelo Rebelo de Sousa. É composta por Luís Montenegro, Leonor Beleza, Inês Palma Ramalho e Alexandre Poço.

DBRS: Empenho na redução da dívida e forte situação orçamental “atenuam riscos” sobre ‘ratings’

A Morningstar DBRS afasta para já pressões negativas da atual crise política sobre os ‘ratings’ de crédito soberano de Portugal, considerando que o “empenho na redução da dívida pública” e a “forte situação orçamental” do país “atenuam os riscos”.

“A menos que o compromisso com a disciplina fiscal enfraqueça e leve a um aumento significativo do rácio da dívida pública de Portugal a médio prazo, o que não é a nossa expectativa atual, não esperamos que esta crise política gere pressões negativas sobre os ‘ratings’ de crédito soberano”, afirma o vice-presidente sénior da Morningstar DBRS, Global Sovereign Ratings, Javier Rouillet, citado num comunicado.

Lembrando que Portugal se prepara para as terceiras eleições legislativas em menos de quatro anos, a agência de notação financeira afirma que esta situação “aumenta a incerteza política em Portugal, numa altura em que os riscos externos aumentaram significativamente e em que se acumulam pressões no sentido de aumentar as despesas com a defesa”.

“A ausência de um governo plenamente operacional poderá provocar alguns atrasos na implementação do Plano de Recuperação e Resiliência [PRR] de Portugal e adiar os planos de privatização da TAP”, admite.

Ainda assim, a Morningstar DBRS antecipa que o atual impasse político “não conduzirá a uma deterioração da solidez creditícia subjacente de Portugal”, notando que, “apesar da turbulenta situação política” dos últimos anos, o país tem registado “um elevado grau de continuidade política e um forte apoio à redução da dívida pública”.

“Parece existir um consenso entre os principais partidos políticos de que esta constitui uma âncora fundamental para a estabilidade macroeconómica e para promover o crescimento económico ao longo do tempo. A menos que o impasse político se prolongue e comece a afetar o crescimento ou a confiança no país, não esperamos que esta situação tenha um impacto significativo no desempenho económico ou nas contas orçamentais de Portugal”, sustenta.

Ou seja, remata a agência de notação, “o empenho dos principais partidos políticos na redução da dívida pública e a forte situação orçamental de Portugal e o desempenho superior do crescimento atenuam os riscos”.

Miranda Sarmento acredita que PSD está “unido na liderança” de Montenegro

O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse hoje que acredita que o PSD “está unido na liderança de Luís Montenegro”, depois da rejeição da moção de confiança que levou à queda do Governo.

“Creio que o PSD está unido na liderança de Luís Montenegro, que será o candidato a primeiro-ministro”, afirmou o governante, à margem da conferência Fórum da Banca.

Joaquim Miranda Sarmento garantiu que o executivo “vai fazer o que normalmente um Governo em gestão faz”, ao “tomar as decisões correntes” e deixar preparados os processos para “as decisões mais estratégicas serem tomadas pelo próximo Governo”.

O ministro acrescentou que vai agora continuar como ministro das Finanças do Governo em gestão, “ajudar a AD a ganhar as eleições” e que, “depois, o primeiro-ministro tomará as decisões” sobre uma potencial nomeação no próximo executivo.

Miranda Sarmento rejeitou ainda que esta crise política possa pôr em risco a economia nacional.

Audições de ministros no parlamento canceladas

O parlamento tinha previsto para hoje audições ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e à ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, mas foram canceladas devido à queda do Governo, na sequência do chumbo da moção de confiança.

As discussões sobre as propostas de lei apresentadas pelo Governo também caem, mas as reuniões sobre projetos dos partidos mantém-se.

Fernando Medina lamenta não se ter conseguido evitar ir a eleições

O deputado socialista Fernando Medina lamentou hoje que não tenha sido possível evitar ir de novo a eleições. “Lamento não se ter conseguido chegar a um ponto em que poupássemos o país a uma situação de crise política e novas eleições”, afirmou no Podcast ‘Política com Assinatura’, da Antena 1, o também ex-ministro das Finanças, que foi o único a apresnetar uma declaração de voto individual na votação da moção de confiança ao Governo.

“É preciso ter consciência que o país não quer novas eleições, o país está cada vez mais desligado da realidade politico-mediática”, defendeu.

Medina considera que houve uma “má avaliação política” da parte do primeiro-ministro e que este “deveria ter encerrado a empresa” e assumido que tinha cometido um erro. O deputado salientou ainda que, ao longo deste processo que levou à moção de confiança e queda do giverno, ouviu “muitas insinuações e calúnias e falsidades sem qualquer demonstração”. “Vi tentativas de aproveitamento político contra o primeiro-ministro”, acrescentou, dizendo que condena esse tipo de situações venham elas de que partido vierem.

O que se segue às audições de Marcelo?

Até final do ano, o calendário será preenchido com várias eleições. Além disso, o próximo Governo pode ser ‘obrigado’ a estar em gestão durante vários meses, até que o novo PR as possa convocar.

Conselho Nacional do PSD reúne-se à noite para análise da situação política

O Conselho Nacional do PSD vai reunir-se esta noite para analisar a situação política, um dia depois da votação do chumbo da moção de confiança ao Governo.

De acordo com a convocatória, na ordem de trabalhos está “a análise da situação política” e “outros assuntos”.

A reunião está marcada para as 21:00, num hotel em Lisboa.

Presidente da República ouve partidos após queda do Governo

O Presidente da República recebe esta quarta-feira os partidos políticos com assento parlamentar no Palácio de Belém para discutir a crise política e o cenário de legislativas antecipadas.

Num dia que promete ser cheio, o chefe de Estado vai receber em Belém delegações do PSD, PS, Chega, IL, BE, PCP, Livre e PAN, entre as 11h00 e as 19h00. Esta é a agenda de Marcelo Rebelo de Sousa para hoje:

11h00 – Partido Social Democrata (PPD/PSD)
12h00 – Partido Socialista (PS)
13h00 – Chega (CH)
14h00 – Iniciativa Liberal (IL)
15h00 – Bloco de Esquerda (BE)
16h00 – Partido Comunista Português (PCP)
17h00 – Livre (L)
18h00 – CDS – Partido Popular (CDS-PP)
19h00 – Pessoas-Animais-Natureza (PAN)

Marcelo Rebelo de Sousa tinha sinalizado que, se a moção de confiança fosse rejeitada, como aconteceu, provocando a queda do Governo, o “calendário eleitoral” apontaria para meados de maio.

O chefe de Estado nunca se referiu explicitamente à antecipação das legislativas, mas depois de ter dissolvido a Assembleia da República há cerca de um ano, após a demissão do anterior primeiro-ministro, António Costa, na sequência do processo Influencer, deixou entender que desta vez voltaria a optar pela mesma solução.

Quando se tornou evidente que a moção de confiança seria rejeitada, o Presidente prometeu agir o mais rapidamente possível, convocando os partidos para o dia seguinte e o Conselho de Estado para dois dias depois, os dois passos constitucionalmente obrigatórios antes de qualquer dissolução do parlamento.

Marcelo considerou fundamental que “a economia, a sociedade e a vida das pessoas continuem”, num período que não será “mais longo do que dois meses” e “antes ainda daquilo que possam vir a ser as eleições autárquicas e as eleições presidenciais em normalidade”, embora manifestando preocupação com a antecipação das eleições num cenário de crise internacional.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: www.jornaldenegocios.pt