O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou esta quinta-feira os ciganos que “deram a vida” pela independência nacional e lamentou a discriminação de que têm sido alvo em Portugal.
“Ao lembrar tantos portugueses, de tantas origens, que se envolveram no movimento revolucionário, o presidente da República quer lembrar também os portugueses de etnia cigana que, como reconheceu então o próprio Rei D. João IV, deram a vida pela nossa independência nacional”, escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem evocativa do Dia da Restauração da Independência que se assinala esta quinta-feira.
Na mensagem em que saúda o dia “em que valorosos guerreiros nos deram livre a Nação”, o chefe de Estado destaca o cavaleiro fidalgo Jerónimo da Costa e muitos dos duzentos e cinquenta outros ciganos que serviram nas fronteiras e tombaram por Portugal.
“Portugal lembra-os, presta-lhes homenagem e exprime a sua gratidão. Este dever de memória é de elementar justiça e rompe com tanto esquecimento e discriminação de que os ciganos têm, infelizmente, sido alvo no nosso país”.
O presidente da República, que hoje de manhã presidiu à sessão evocativa do Dia da Restauração, na Praça dos Restauradores, em Lisboa, sublinhou ainda na mensagem o 1 de dezembro como “um dia importante e significativo da História de Portugal, em que o povo português recuperou a sua independência, num movimento no qual, com os conjurados de 40, muitos se implicaram, descontentes com a situação do país, aquém e além-mar, e com as suas condições de vida”.
O dia 1 de dezembro assinala o golpe revolucionário de 1640 que acabou com o domínio da dinastia Filipina sobre Portugal, retirando o país da alçada espanhola e colocando no trono D. João IV.
Fonte: Jornal de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: António Cotrim / LUSA