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Mais de metade das empresas de trabalho temporário foram criadas nos últimos cinco anos

Mais de metade das empresas de trabalho temporário que operam em Portugal foram criadas nos últimos cinco anos, mas são as que contam com mais de duas décadas e meia de experiência que lideram o mercado, no que diz respeito ao volume de negócios, indica um estudo publicado esta segunda-feira pela Iberinform. É em Lisboa que se encontram mais empresas deste tipo.

De acordo com os dados agora conhecidos, 56% das empresas em questão foram constituídas nos últimos cinco anos, enquanto 25% já têm seis a 15 anos, 12% contam com 16 a 25 anos de história e 6% têm mais de 25 anos.

Ainda que representem uma fatia menos expressiva, são estas últimas que registam o maior volume de negócios do mercado: 43% do total do sector. Seguem-se as empresas com 16 a 25 anos (25% do volume de negócios), as com seis a dez anos (15%), as com 11 a 15 anos (8%) e as com dois a cinco anos (8%). Tal significa que, regra geral, neste sector, ter mais anos de experiência tende a ser sinónimo de maior volume de negócios.

A Iberinform avança que este sector tem mostrado “um crescimento bastante sólido nos últimos anos”, apesar de ter sido “altamente afetado” pela pandemia e pelas restrições à atividade a ela associadas, particularmente no ano de 2020. “Contudo, o sector apresentou um aumento de 21% na faturação, tendo feito uma recuperação para valores muito próximos dos que se registaram em 2019 (-2,4%)”, detalha o estudo divulgado esta manhã.

De notar também que a maioria desta empresas (35%) está localizada em Lisboa. Em contraste, no Porto estão 15% destas empresas, em Braga 10% e em Setúbal 8%. “Dos cinco distritos líderes do sector, Porto é o que apresenta a maior deterioração do risco de crédito: 23% das empresas do sector encontram-se num nível máximo ou elevado de incumprimento. Seguem-se Santarém, com 20%, Setúbal (17%), Braga (13%) e Lisboa (10%)”, acrescenta a Iberinform.

No que diz respeito à dimensão das empresas, o sector é composto quase na sua totalidade por micro e pequenas empresas, que totalizam aproximadamente 90% das empresas. Já as empresas médias correspondem a 8% do sector e de grande dimensão a 2%. “Contudo, em termos de volume de negócios, as microempresas apenas representam 1% do total de volume de negócios.

As pequenas empresas faturam 24% do total das empresas de trabalho temporário e as de média dimensão 33%. Apesar de existirem apenas 2% de empresas com grande dimensão, estas lideram no total de faturação, com 42%”, realça o referido estudo.

Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal