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Madeira avança com projeto de literacia digital sobre uso de novas tecnologias

A Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências (UCAD) vai avançar com o projeto ‘Estou online e agora – Preparação para o futuro’ com o intuito de promover literacia digital sobre o uso de novas tecnologias.

A primeira fase do projeto, que vem dar continuidade ao projeto ‘Estou online … e agora?’, começa em Santa Cruz, no Centro de Saúde do Caniço, e em creches e jardins de infância locais, e será depois alargado a outros concelhos da Região Autónoma da Madeira (RAM).

No Centro de Saúde do Caniço serão promovidas formações, dirigida aos enfermeiros generalistas, sobre as “consequências do uso precoce/ inadequado das tecnologias digitais na primeira infância, capacitando-os para uma intervenção fundamentada junto das famílias”, explica a Direção Regional de Saúde.

Entre as estratégias para retardar ou minimizar o uso de ecrãs estão: ‘Negociar o número de horas que os filhos podem dedicar às tecnologias’; ‘Delimitar a partir de que idade os filhos podem ter um telemóve’l; ‘Evitar colocar televisores ou computadores nos quartos, pois a supervisão é reduzida’; ‘Definir, com clareza, o tipo de programas que os filhos podem ver na televisão e os conteúdos a que podem aceder na Internet’; ‘Observar a classificação dos videojogos antes de os comprarem e adequar à idade da criança’; ‘Ativar filtros de conteúdo na internet e nos televisores’.

A DRS sublinha que o futuro passa certamente pelo “acesso e crescente domínio das tecnologias pelas crianças e jovens, contudo, a interação entre as pessoas será sempre muito importante para o desenvolvimento das competências sociais necessárias à vida em sociedade”, mas acrescenta que “não devemos deixar que os ecrãs “roubem” a atenção das nossas crianças e “testemunhem” a maioria dos seus sorrisos”.

A entidade de saúde da Região salienta que as novas tecnologias apresentam “potencialidades e vantagens” mas alerta que o seu uso excessivo e cada vez mais precoce “acresce riscos para a saúde física e mental e nas relações sociais”.

A DRS acrescenta que o uso inadequado e a saturação tecnológica a que as crianças estão expostas, “pode favorecer o aparecimento de novas condições psicológicas e psicopatológicas”, apesar de salientar que o uso crescente das tecnologias no nosso dia a dia “é uma ferramenta fundamental para o entretenimento ou para a aprendizagem, no entanto, é essencial distinguir o seu uso saudável do seu uso excessivo”.

Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal