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“Lula não fará o que bem entender com o país”, diz Bolsonaro à chegada

“Lula não fará o que bem entender com o destino da nossa nação”, disse Jair Bolsonaro, já no Brasil, após viagem de regresso dos Estados Unidos, onde esteve por três meses.

“Eu lembro lá atrás que quando alguém criticava o Parlamento, o Ulysses Guimarães dizia: ‘espera o próximo’. Dessa vez, o próximo melhorou e muito. O parlamento orgulha-nos pelas medidas, pela forma de se comportar e agir lá dentro, fazendo o que tem que ser feito e mostrando para esse pessoal que, por ora, pouco tempo, está no poder, eles não vão fazer o que bem querem com o destino da nossa nação”.

Bolsonaro tinha cerca de 350 apoiantes à sua espera no aeroporto de Brasília que não cumprimentou por ter sido desviado, por razões de segurança, para outra saída do local. Dirigiu-se então para a sede do PL, o seu partido, onde o aguardava o cargo de presidente de honra e aliados, como ex-ministros.

Aqueles apoiantes também se dirigiram para a sede partidária mas até meio da tarde, em Portugal, só viram Bolsonaro acenar da janela, sem discursos. À saída de Orlando, no entanto, o ex-presidente falou à CNN Brasil.

“Algumas coisas são páginas viradas para nós, e vamos, sim, preparar-nos para as eleições do ano que vem [municipais]. Pretendo rodar pelo Brasil. Uma ou duas saídas por mês, no máximo três. Para a gente conversar com os nossos simpatizantes. Afinal de contas, o PL, onde eu estou, detém mais de 20% da Câmara e do Senado”

“Nós estamos focados na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito aos atos do dia 8 de janeiro. Nós lamentamos o ocorrido. Quem praticou os atos de vandalismo tem que ser culpado por isso”, continuou.

“Mas não vou liderar nenhuma oposição. Vou participar no meu partido como uma pessoa experiente, 28 anos de Câmara, quatro de presidente, dois de vereador e quinze de Exército, para colaborar com o que eles desejarem, como a gente pode se apresentar para manter o que tiver de ser mantido e mudar o que tiver de ser mudado”.

“Você não precisa fazer oposição a esse governo. Esse governo é uma oposição por si só dado a qualificação daqueles que compõem os ministérios. Ele [Lula] criou mais 14 ministérios, o perfil das pessoas é bastante diferente dos nossos, você pode fazer comparação aí e você começa a entender o porquê, queria que infelizmente fosse o contrário, não tem como dar certo esse governo”.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Luis Nova / EPA