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Lula e Bolsonaro vão à segunda volta

Lula da Silva, do PT, foi o mais votado na primeira volta das eleições presidenciais do Brasil, mas terá de disputar uma segunda votação, dia 30, com Jair Bolsonaro, do PL. Com 99,9% das urnas apuradas, o antigo presidente somava 48,43% contra 43,2% do atual chefe de estado. Em terceiro lugar, surgia Simone Tebet (MDB), com 4,16%, e, em quarto, Ciro Gomes (PDT), com 3,04%. O apoio de ambos, Tebet e Ciro, será agora muito cobiçado por Lula e Bolsonaro.

Soraya Tronicke (0,51% dos votos), Luís Felipe D’Ávila (0,47%), Padre Kelmon (0,07%), Leonardo Péricles (0,05%), Sofia Manzano (0,04%), Vera Lúcia (0,02%) e Eymael (0,01%) foram os restantes candidatos às presidenciais de domingo.

A vantagem de Lula sobre Bolsonaro é muito menor do que as últimas sondagens dos dois principais institutos de pesquisas do país, Datafolha e Ipec, divulgadas já na madrugada de domingo em Portugal, indicavam: no Datafolha, Lula surgia com 50% contra 36% de Bolsonaro, Tebet com 6% e Ciro com 5%; no Ipec, os dois primeiros marcavam um ponto a mais cada, Lula 51% e Bolsonaro 37%, e Tebet e Ciro ambos 5%.

Os votos no Sudeste, a região com os três maiores colégios eleitorais, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, fizeram a diferença entre o previsto nas pesquisas e a votação na urna.

Para o governo de São Paulo, estado mais rico e populoso do Brasil, os candidatos Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado delfim de Bolsonaro, bateu Fernando Haddad (PT), considerado delfim de Lula, por 42% a 35%, e os dois vão disputar a segunda volta, também dia 30, depois de Haddad ter sido dado como líder destacado nas sondagens. Por sua vez, o PSDB, partido de Fernando Henrique Cardoso, perdeu o estado após 30 anos a governá-lo: o seu candidato, o atual governador Rodrigo Garcia, ficou em terceiro, com 18%.

Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, os atuais governadores, Romeu Zema (Novo) e Cláudio Castro (PL), ambos apoiados por Bolsonaro, venceram os respetivos estados já à primeira volta.

Noutras eleições, destaque para a eleição de Sergio Moro, ex-ministro de Bolsonaro e ex-juiz da Lava Jato, para o Senado, pelo Paraná.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal